‘Pantera negra’ vira atração em zoo de Taubaté; entenda a condição que torna a pelagem do animal escura

Zulu, macho de pantera negra do cerrado
Zulu, macho de pantera negra do cerrado — Foto: Divulgação / Selva Viva

O zoológico “Selva Viva”, no interior de São Paulo, começou a exibir, a partir do dia 23 de março, Zulu, um exemplar macho de pantera negra do cerrado, em parceria com o Instituto Onça Pintada, de Goiás. O objetivo é o fortalecimento dos esforços de reprodução dos felinos ameaçados de extinção. O plano é que o macho se reproduza com ‘Suri’, uma fêmea que vive no zoológico desde 2021.

Segundo o projeto Selva Viva, a onça de cinco anos chegou à cidade no dia 24 de fevereiro. Após um período de quarentena para a realização de exames, como de sangue e do sêmen do animal, ele passou a ter os primeiros contatos visuais com Suri para a adaptação. O encontro aconteceu apenas na última segunda-feira (18).

O Projeto Selva Viva é um santuário dedicado ao tratamento e acolhimento de animais resgatados de cativeiro, vítimas de maus-tratos e confiscados pela Polícia Ambiental. E abriga uma variedade de aracnídeos, mamíferos e répteis para exposição pública. Muitos desses animais fazem parte da ação o desde o seu início, em 2005.

O santuário possui licença para operar como um zoológico aberto ao público apenas nos fins de semana, pois durante a semana se dedica à educação ambiental em parceria com escolas locais.

Apesar da cor e do nome o termo “pantera” não se refere a uma única espécie de animal. As onças-pintadas com pelagem escura possuem essa característica devido a uma mutação genética, que as tornam felinos melânicos.

O melanismo é uma condição que aumenta a produção de melanina (proteína responsável pela pigmentação preta). Com isso, apresenta-se uma cor mais escura na do corpo (seja pele, pelagem ou plumagem) em relação a outros animais da espécie.

De acordo com um estudo realizado por pesquisadores da PUC/RS, das 40 espécies atuais de felinos selvagens ao redor do mundo, o melanismo já foi registrado em 14 delas. Dessa forma, tanto uma onça quanto um leopardo podem ser chamados de pantera negra. No entanto, nem todas as espécies do gênero Panthera apresentam indivíduos negros. Por exemplo, o Projeto Panthera revela que não há registros de pumas e tigres com melanismo.

Fonte: O Globo

© 2024 Blog do Marcos Dantas. Todos os direitos reservados.
Proibida a reprodução total ou parcial do conteúdo deste site sem prévia autorização.