O Palácio de Kensington se recusa a divulgar a foto original de Kate Middleton com os filhos. Nesta segunda-feira, a princesa de Gales reconheceu ter editado a imagem que foi divulgada pela Coroa na véspera e acabou vetada de distribuição pelas principais agências de notícias por suspeitas de passar por “manipulação digital”.
O clique é a primeira foto oficial de Kate desde sua cirurgia, em janeiro. Vários veículos de imprensa, incluindo quatro grandes agências de notícias do mundo, apontaram evidências de adulteração e cobraram explicações à realeza. Após a “confissão” de Kate, porém, o Palácio de Kensington disse que não iria divulgar a fotografia não editada da família.
A recusa foi tema de reportagem dos jornais Metro e Daily Mail, entre outros. Nesta segunda, a agência PA, a maior do segmento no Reino Unido, afirmou que também retirou a foto do seu serviço de distribuição, assim como fizeram AP, AFP, Reuters, Getty Images e EPA. A PA alegou ter cobrado “esclarecimentos urgentes” do Palácio de Kensington sobre as suspeitas de adulteração da imagem e não ter recebido resposta.
“Como muitos fotógrafos amadores, ocasionalmente faço experiências com edição. Gostaria de expressar minhas desculpas por qualquer confusão que a fotografia de família que compartilhamos ontem tenha causado. Espero que todos que comemoram tenham tido um feliz Dia das Mães”, disse ela, em postagem nas redes sociais.
A publicação da fotografia ocorre dias após uma longa e incomum ausência midiática da mulher do príncipe William, que desatou semanas de especulações sobre a saúde de Kate, que passou ficou duas semanas internada após sua cirurgia. Com a imagem deste domingo, o palácio aparentemente esperava pôr fim às dúvidas, especialmente depois da publicação de algumas imagens dela dentro de um carro e da confirmação da retomada de sua agenda pública em junho.
No entanto, várias agências de imprensa — incluindo a AFP, a Reuters, a Getty Images e a Associated Press — decidiram cancelar a publicação e a distribuição da foto na noite deste domingo após perceberem que ela tinha sido adulterada. A AP foi a primeira a emitir um “kill notice” — termo da indústria usado para fazer uma retratação. Uma tal notificação é considerada um “pesadelo” para profissionais de relações públicas e um golpe na credibilidade de qualquer fonte.
“Observando mais de perto, parece que a fonte manipulou a imagem. Nenhuma foto substituta será enviada”, destacou a AP, que foi seguida pela Reuters, “após uma revisão pós-publicação”, e pela AFP, que divulgou um “kill notice” mandatório. A Getty Images também se retratou pela publicação da foto.
O detalhe que despertou a desconfiança das agências foi uma “inconsistência no alinhamento da mão esquerda da princesa Charlotte”, afirmou a BBC.
Na imagem, a princesa Kate, 42 anos, está sorridente e posa com seus três filhos, o príncipe George, o príncipe Louis e a princesa Charlotte, em uma foto tirada pelo príncipe William, segundo o palácio.
“‘Obrigada pelos votos gentis e apoio nos últimos dois meses. Desejamos a todos um Feliz Dia das Mães”, disse a princesa de Gales, assinando a mensagem com um “C” para Catherine (neste domingo, 10, foi comemorada a data no Reino Unido).
Kate está se recuperando de uma “cirurgia abdominal planejada” desde que foi internada na Clínica de Londres em 16 de janeiro. Sua ausência nos compromissos reais desde o Natal levou a especulações e teorias da conspiração. O Palácio de Kensington confirmou que a cirurgia de Kate foi bem-sucedida e, em 29 de janeiro, foi anunciado que ela recebeu alta e foi para casa, em Windsor.
Na segunda-feira passada, ela foi fotografada oficialmente pela primeira vez desde o procedimento médico. A princesa agradeceu as mensagens de apoio. No dia 4 de março, o site americano TMZ divulgou uma foto do que seria a primeira aparição pública da princesa em seis semanas. Na imagem, ela aparece no banco do passageiro de um carro.
Fonte: O Globo