Pacheco acata pedido do governo e adia novamente sessão de vetos

O Congresso Nacional retoma os trabalhos com a abertura do ano legislativo no plenário da Câmara. O presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), abrirá os trabalhos. A cerimônia teve a presença da Camara dos Deputados, Arthur Lira, vice-presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Edson Fachin, Procurador-Geral da República, Paulo Gonet sem a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A data de abertura dos trabalhos deveria ter sido realizada na 6ª feira (2.fev.2024), conforme manda a Constituição. No entanto, o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco, adiou a abertura. | Sérgio Lima/Poder360 - 5.fev.2024
O presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), adiou a sessão conjunta para análise de vetos pela 2ª vez em 2024, depois de articulação com ministros do governo Lula

A sessão conjunta do Congresso Nacional para análise de vetos marcada para ser realizada nesta 4ª feira (24.abr.2024) foi adiada. Líderes da Câmara foram avisados que não houve acordo no Senado e, por isso, o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) postergou pela 2ª vez a sessão em 2024.

Os governistas articularam o novo adiamento para que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não saísse derrotado com a derrubada de vetos importantes, como o do Orçamento, que cortou cerca de R$ 5,6 bilhões em emendas de comissão –aquelas não impositivas e direcionadas pelas comissões permanentes do Congresso.

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse ser “ruim” a postergação da análise dos vetos. Lira e os líderes da Câmara, fora os governistas, queriam que a sessão fosse realizada nesta 4ª feira (24.abr). Ainda assim, não chegaram a um acordo sobre os vetos que seriam analisados.

A maior parte dos deputados queria que fosse apreciado só o veto sobre o Orçamento, que provavelmente concederia derrota ao governo com a derrubada do corte de R$ 5,6 bilhões em emendas de comissão.

O PL e o Novo, entretanto, foram contra. Os partidos de oposição afirmaram ser preciso incluir as “saidinhas” na pauta para que o veto fosse derrubado. Disseram que, se isso não fosse acordado, eles seriam contra a realização da sessão, assim como os governistas.

Apesar da discussão dos deputados, a situação na Câmara estava mais consensual. Lula enviou os ministros da Casa Civil, Rui Costa, e de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, para negociar com Pacheco na residência oficial do presidente do Congresso. No fim, o senador acatou o pedido do governo e comunicou aos congressistas o adiamento da sessão. Será realizada na semana do dia 7 de maio –ainda sem data exata definida.

Fonte: Poder360

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