Operação da PF que prendeu ex-diretor da PRF cumpre mandados no RN

A mesma operação da Polícia Federal que prendeu preventivamente o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques também cumpriu 10 mandados no Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Distrito Federal. A ação desencadeada nesta quarta-feira (10) tem o objetivo de investigar uma suposta interferência no segundo turno das eleições de 2022.

São alvos, além de Silvinei:

Luis Carlos Reischak, ex-diretor de Inteligência;
Rodrigo Hoppe, ex-diretor de Inteligência Substituto;
Wendel Benevides, ex-corregedor-geral;
Bruno Nonato, ex-PRF e hoje na Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT);
Anderson Frazão, ex-coordenador-geral de Gestão Operacional;
Djairlon Henrique Moura, ex-diretor de Operações; e
Antonio Melo Schlichting Junior, ex-coordenador-geral de Combate ao Crime.

Ainda como parte da operação, batizada de Constituição Cidadã, a Polícia Federal deve ouvir 47 membros da PRF.

Segundo a PF, os crimes investigados incluem:

prevaricação (que é quando um servidor público deixa de exercer o seu dever),
violência política (impedir, com emprego de violência física, sexual ou psicológica, o exercício de direitos políticos), e
impedir ou atrapalhar a votação (crime previsto no Código Eleitoral).

Os mandados foram autorizados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Em 30 de outubro, dia do segundo turno, a PRF realizou blitze que interferiram na movimentação de eleitores, sobretudo no Nordeste, onde Lula (PT) tinha vantagem sobre Jair Bolsonaro (PL) nas pesquisas de intenção de voto.

Na véspera, o diretor-geral da PRF havia declarado voto em Bolsonaro. Vasques é réu por improbidade administrativa nesse episódio.

No domingo do segundo turno, Alexandre de Moraes determinou a suspensão imediata das blitze, sob pena de prisão de Vasques. A ordem, no entanto, foi desrespeitada pela PRF. O inquérito para apurar essas operações da PRF em rodovias foi aberto ainda em novembro de 2022.

Com informações do G1.

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