A Odysseus, primeira sonda privada americana a pousar na Lua, foi desativada definitivamente, após cerca de um mês no satélite terrestre, anunciou sua fabricante, a Intuitive Machines. O dispositivo havia sido colocado em repouso após a sua missão principal, depois de sete dias na Lua, mas os engenheiros da empresa tentariam reconectá-lo após a noite lunar, uma vez que o sol reaparecesse.
A sonda, no entanto, não voltou a se conectar, explicou a empresa neste sábado (23), na rede social X: “A Odie foi desligada para sempre”. Era pouco provável que as baterias da nave sobrevivessem ao frio intenso da noite lunar.
Em 22 de fevereiro, a Odysseus se tornou a primeira sonda privada a pousar na Lua e a primeira nave espacial americana a alcançar esse feito desde o fim do programa Apollo, em 1972. Porém, ela permaneceu inclinada sobre a superfície lunar, na região do Polo Sul, após uma descida acidentada devido a uma falha em seu sistema de navegação.
Alguns dos painéis solares da sonda continuaram funcionando e fornecendo energia para a mesma, que transmitiu fotos e dados científicos, principalmente aqueles colhidos pelos instrumentos da Nasa a bordo.
Tanto a agência espacial americana quanto a Intuitive Machines descreveram a permanência da sonda na Lua como um sucesso.
Em fevereiro, a sonda enviou as primeiras imagens do ponto mais meridional da Lua onde uma espaçonave já pousou.
A empresa privada, com sede em Houston, compartilhou, na ocasião, duas fotos na rede social X. A sonda não tripulada, que mede mais de quatro metros de altura, pousara na Lua dias antes, na primeira vez que uma espaçonave americana tocou a superfície lunar em 50 anos.
Mas uma série de contratempos, incluindo uma falha no seu sistema de navegação, complicou a descida final, e a sonda acabou tombada de lado em vez de pousar verticalmente.
A espaçonave Lunar Reconnaissance Orbiter fotografou o módulo lunar na superfície do satélite. Veja abaixo:
O dispositivo carregava instrumentos científicos para a Nasa, que queria explorar o polo sul da Lua antes de enviar seus astronautas para lá, como parte de suas missões Artemis. A agência espacial norte-americana decidiu confiar este serviço a empresas privadas.
Essa estratégia deve permitir que viagens com mais frequência e menor custo. Mas também estimulará o desenvolvimento de uma economia lunar capaz de sustentar uma presença humana duradoura no satélite da Terra, um dos objetivos do programa Artemis.
Fonte: O Globo