O TikTok é um perigo

jovens usando celular
Na imagem, adolescentes usando celular

Vício. Dependência. Adicção.

O uso do celular ameaça a saúde das mentes infantis.

Em alguns países, surgem medidas severas.

O telefoninho não entra na escola.

Mensagens, nem pensar.

E os Estados Unidos querem proibir o TikTok.

A dra. Mara Amélia concordava totalmente.

Coibir. Com urgência.

Tratava-se de uma experiente psicanalista e pedagoga.

Há mais de 50 anos atendo crianças e adolescentes.

A jornalista Giuliana Bugiardi conduzia a entrevista.

E a senhora nota, com o passar do tempo, uma modificação no comportamento dos adolescentes?

Claro. Querem tudo de mão beijada. Tudo fácil.

Nesse sentido, o celular substitui outras e antigas formas de se ter o prazer ao alcance da mão.

Viciante. Faz mal.

Em que sentido, doutora?

Fica ali no bolso… e a criança pega a qualquer hora.

E presta menos atenção na aula?

Evidente. E não é só isso.

A dra. Mara Amélia coçava o colarzinho de pérolas.

Dependência psicológica. E química.

Química também, professora?

Ela contava nos dedos.

Açúcar. Goma arábica. Ciclamatos.

Giuliana tentava entender.

Deveríamos voltar aos brinquedos tradicionais, não é, professora?

Agora era a psicóloga que precisava de mais explicações.

Por exemplo…?

Ué… pega-pega… ciranda… passa-anel.

Claro. Mas a coisa química do açúcar é fundamental.

Como assim?

Mais frutas. Legumes. Cenoura. Salsão. Banana.

No lugar do Tiktok?

Claro. E de todas essas balinhas ultraprocessadas.

O produtor José Carlos resolveu intervir na entrevista.

Suspende isso aí, Giuliana.

Mas…

Essa professora está gagá.

Foi então que Giuliana esclareceu o mistério.

Ah. A senhora está falando do tik-tak?

Em diversos sabores, as balinhas fazem sucesso entre a gurizada.

Sim. Tik-tak, drops Dulcora, dadinhos Dizioli.

Mas eu queria saber do TikTok.

Hã? O que é isso?

A pedagoga não estava suficientemente atualizada.

Essas coisas de eletrônica, francamente…

Ela guardou os óculos na bolsa de couro de jacaré.

Mas não interessa. É o que eu digo.

Ela respirou fundo.

Ditado, caligrafia… e maçã na mesa da professora.

Os tempos mudam. A tecnologia avança.

Os celulares são uma realidade.

Mas sempre há quem goste de bater na mesma tecla.

Fonte: Poder360

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