Quem conversou com o Blog do Marcos Dantas nesta quarta-feira (21) foi o prefeito de Parelhas, Francisco Medeiros (PT). Mostrou-se surpreso com o relato feito ao Blog por um dos músicos da Filarmônica 11 de Fevereiro, já que segundo ele sua administração tem sido parceira da banda em todos os momentos. “A começar da reforma, como nunca tinha sido feita antes, que fizemos na sede da banda, que se caracterizou ao longo de todos estes anos como uma escola de formação de músicos. Ou seja, os grandes nomes da música parelhense aprenderam na 11 de Fevereiro”, disse.
Francisco garantiu que em 100 anos de história da banda, em nenhum momento os músicos foram remunerados. Todos sempre tocaram como voluntários e como uma opção de aprender a toca, já que a banda daqui sempre funcionou como uma escola de formação. “Eu visito periodicamente a sede da banda, estamos abertos para conversar com qualquer músico. Nunca viramos as costas para a banda 11 de Fevereiro“.
Sobre a denúncia envolvendo a falta de investimentos na aquisição de novos instrumentos, o prefeito reconheceu a necessidade, mas disse que não vem se omitindo a buscar tais investimentos. “Já a algum tempo nós estamos batalhando junto ao Ministério da Cultura e a Fundação José August. Na nossa última viagem a Brasília essa foi uma das reivindicações que fizemos”.
Sobre o pagamento de 10 reais a cada músico pelas apresentações, o prefeito disse que o município paga uma espécie de cachê pelas apresentações à banda toda, e não tem qualquer participação na forma como esse dinheiro é distribuído aos músicos. “Nós damos todas as condições para que a banda funcione como uma escola de música. Pagamos mensalmente ao maestro, mantemos a sede com pagamento de água, luz, toda a manutenção é feita por nós. Eu admito questões como fardamento e instrumentos, mesmo todos sabendo que historicamente os músicos a banda sempre tiveram seus instrumentos, mas vamos rever isso. Historicamente nunca houve salário para quem tocasse na banda, ou seja, com relação as outras críticas são contestáveis”, finalizou Francisco.