A pandemia de Covid-19 já levou nove países do continente a adiarem eleições presidenciais, regionais e referendos que, na maioria dos casos, ainda não têm data para acontecer. Num ambiente de expressivo consenso político, salvo isoladas exceções, autoridades eleitorais, respaldadas por governos e partidos políticos, puseram a prevenção sanitária acima de interesses políticos. Nas palavras da argentina Dolores Gandulfo, diretora do Observatório Eleitoral da Conferência Permanente de Partidos Políticos da América Latina e do Caribe, “os países estão atuando como se estivessem em guerra”.
Segundo reportagem do jornal O Globo, um dos casos mais complicados é o da Bolívia, que deveria ir às urnas no dia 3 de maio para eleger um novo presidente e renovar sua Assembleia Legislativa. O pleito foi suspenso pelo Tribunal Supremo Eleitoral, que agora aguarda uma votação do Parlamento para definir a nova data. O problema é que, por conta da pandemia, as sessões legislativas também foram suspensas.