No Centro de Operações do Rio, um pelotão de 500 funcionários monitora o que acontece na cidade

Cerca de 50 órgãos e parceiros acompanham a capital fluminense
Cerca de 50 órgãos e parceiros acompanham a capital fluminense — Foto: Divulgação/Beth Santos/Prefeitura do Rio

O reforço no monitoramento e sistemas de alertas enfatizados pelos especialistas estão entre as prioridades do Centro de Operações Rio (COR). A unidade foi criada em 2010, após fortes chuvas paralisarem a cidade em abril daquele ano e provocarem a tragédia do Morro do Bumba, em Niterói, com 47 mortos. O endereço, na região central da capital, reúne uma força-tarefa pronta para implementar ações em casos de eventos climáticos e de demandas do dia a dia da cidade.

Cerca de 50 atores, dos quais mais da metade são secretarias, órgãos públicos e agências, têm um trabalho integrado a equipes de áreas com atuação social, econômica, pública e privada, como concessionárias de transportes. Esse modelo difere o COR de centros operacionais de outras grandes cidades, como Londres, Nova York e Barcelona, pelo nível de integração e resposta. Para funcionar 24 horas por dia, sete dias da semana, cerca de 500 funcionários e agentes se dividem em três turnos.

São aproximadamente 1.800 ocorrências por mês de diferentes setores. A cidade é acompanhada por mais de 3.500 câmeras, através do videowall com 125 telas de 55 polegadas, num total de 104 m², o maior da América Latina.

— Fazemos resiliência urbana com operação de cidade e construção de protocolo baseado em indicadores e métricas, como em consequência das mudanças climáticas. A palavra-chave é integração — diz o chefe-executivo do COR, Marcus Belchior.

Uma das ações feitas diretamente a partir do COR é o acionamento dos 154 conjuntos de sirenes instalados em áreas de alto risco localizadas em 103 comunidades, quando determinados parâmetros de chuva são atingidos.

Alertas sonoros também são emitidos quando há riscos de deslizamentos e alagamentos, e é recomendado que moradores sigam para um dos cerca de 200 pontos de apoio identificados.

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Fortes chuvas são acompanhadas em conjunto por órgãos, como a Fundação Instituto de Geotécnica do Município (Georio), a Defesa Civil municipal e estadual e o Alerta Rio, sistema de meteorologia do município. As sirenes ainda podem ser acionadas, manualmente, diretamente das comunidades.

Desde março, o Rio conta com seu segundo radar meteorológico próprio, na Serra do Mendanha, Zona Oeste, com capacidade de acompanhar em tempo real a formação de chuvas a até 150 quilômetros de distância. O radar no Morro do Sumaré, na região central, segue em funcionamento.

Comunicação também é prioridade. As informações são divulgadas pelo COR em redes sociais, por meio do aplicativo COR.Rio, por SMS (basta enviar o CEP residencial para 40199 para receber as mensagens) e por WhatsApp.

Fonte: O Globo

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