Nasa lança novo satélite para observar como o calor escapa dos polos da Terra

O foguete Electron do Rocket Lab decolou do Complexo de Lançamento, na Nova Zelândia, no sábado (24/05).
O foguete Electron do Rocket Lab decolou do Complexo de Lançamento, na Nova Zelândia, no sábado (24/05). — Foto: Nasa

Um pequeno satélite da Nasa destinado a medir detalhadamente a perda de calor para o espaço através dos polos da Terra pela primeira vez decolou da Nova Zelândia, neste sábado. Chamada Prefire, a missão deverá melhorar as previsões dos cientistas relacionadas às mudanças climáticas.

“Essas novas informações, que nunca tivemos no passado, nos ajudarão a modelar o que está acontecendo nos pólos e no clima”, disse Karen St. Germain, diretora de pesquisa científica, em entrevista coletiva em meados de maio

O satélite do tamanho de uma caixa de sapatos foi lançado pelo foguete Electron do Rocket Lab de Mahia, Norte da Nova Zelândia. A mesma empresa lançará depois um satélite semelhante.

Ambos serão usados ​​para fazer medições no infravermelho distante sobre o Ártico e a Antártica, para quantificar diretamente o calor liberado no espaço pela primeira vez.

Este fenômeno é “crucial porque ajuda a equilibrar o excesso de calor recebido das regiões tropicais e a regular a temperatura da Terra”, explicou Tristan L’Ecuyer, diretor científico da missão na Universidade de Wisconsin, em Madison.

“O processo que leva o calor dos trópicos aos polos é o que está na origem da nossa meteorologia”, acrescentou.

Graças ao Prefire, a Nasa pretende compreender como as nuvens, a umidade ou mesmo a transformação de uma superfície congelada em líquido influenciam essa perda de calor.

Até agora, os modelos utilizados pelos cientistas para antecipar o aquecimento global baseiam-se, no que diz respeito a este parâmetro, apenas em teorias e não em observações reais, explicou Tristan L’Ecuyer.

“Esperamos melhorar a nossa capacidade de simular a subida do nível do mar, bem como a forma como as alterações climáticas nos polos vão afetar os sistemas climáticos do planeta”, explicou.

Este satélite junta-se a mais de 20 missões da Nasa encarregadas de observar a Terra, já em órbita.

Pequenos satélites, chamados Cubesats, representam uma oportunidade real para responder a questões “muito específicas” “a um custo menor”, ​​explicou Karen St.

Se os grandes satélites mais tradicionais podem ser considerados “generalistas”, eses pequenos dispositivos são comparáveis ​​aos “especialistas”, frisou. “A Nasa precisa de ambos.”

Fonte: O Globo

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