Nardoni, Rugai e agora Robinho: saiba quem já passou pelo ‘presídio dos famosos’, em Tremembé (SP)

Nardoni, Rugai e agora Robinho: saiba quem já passou pelo 'presídio dos famosos', em Tremembé (SP)
Nardoni, Rugai e agora Robinho: saiba quem já passou pelo 'presídio dos famosos', em Tremembé (SP) — Foto: Folhapress/Agência Frame/AFP

Após determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ) para que fosse iniciada, “de imediato, a execução de sentença condenatória” de Robinho, a Justiça Federal em Santos expediu o mandado de prisão contra o ex-jogador, condenado por estupro na Itália. A 130 km de distância da capital paulista, o complexo penitenciário de Tremembé foi escolhido para receber Robinho. O local é conhecido por ser a unidade prisional dos criminosos mais “famosos” do país.

Por ali, já estiveram figuras marcantes de alguns dos crimes mais chocantes da história do Brasil. Conhecida como Tremembé 2, a penitenciária Doutor José Augusto Salgado, na região do Vale do Paraíba, costuma receber os presos envolvidos em casos com grande repercussão nacional. Além deles, também vão para lá os condenados por crimes de estupro. O local recolhe, ainda, ex-agentes penitenciários e ex-policiais.

A maioria dos presos da unidade, que tem capacidade para 408 pessoas, possui ensino médio ou nível superior completo. Por ter menos presos e não receber pessoas ligadas a facções criminosas, é considerada uma prisão mais controlada.

Entre os “famosos” do complexo penitenciário, estão Alexandre Nardoni; Cristian Cravinhos; Limdemberg Alves; Gil Rugai; e Roger Abdelmassih. Relembre os casos:

Condenado a 30 anos de prisão pela morte da filha Isabella, Nardoni está na ala de regime semiaberto da penitenciária de Tremembé. Ele está em um alojamento coletivo e deixou a cela em maio de 2019, por benefício concedido pela Vara de Execuções Criminais (VEC) de Taubaté. A prisão dele ocorreu em 2008.

Condenado a 181 anos de prisão pelo estupro de 37 pacientes, o ex-médico Roger Adelmassih ficou sob custódia na penitenciária de Tremembé a partir de 2014. Atualmente, cumpre pena em hospital penitenciário, devido a problemas de saúde.

Suzane von Richthofen, presa desde 2002 por matar os pais, saiu da penitenciária de Tremembé em janeiro deste ano, após a Justiça conceder progressão para o regime aberto. Ela cumpria pena há 20 anos. Atualmente, cursa graduação em uma universidade do interior de São Paulo e deu à luz o primeiro filho em janeiro de 2024. O parto aconteceu na maternidade do Hospital Albert Sabin, em Atibaia, interior de São Paulo, onde trabalha o atual marido de Suzane, o médico Felipe Zecchini Muniz.

Os irmãos Daniel e Cristian Cravinhos, presos com Suzane von Richthofen por assassinarem os pais dela, também cumpriram pena em Tremembé. Cristian chegou a deixar o presídio em 2017 para o regime aberto, após uma década preso. Ele voltou a Tremembé em 2018, após violar regras do regime. Daniel está em liberdade.

Elize Matsunaga também foi, desde 2012, uma das detentas de Tremembé. Elize recebeu condenação, em 2016, de 19 anos e 11 meses de prisão pelo assassinato do marido, o empresário Marcos Matsunaga. Em 2019, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) reduziu a pena para 16 anos e três meses. Deste total, ela cumpriu dez e teve autorização da Justiça para cumprir o restante em liberdade.

Lindemberg Alves, preso desde 2008 pelo assassinato da ex-namorada, Eloá, em Santo André, no ABC Paulista, também cumpre pena em Tremembé. Ele foi condenado em fevereiro de 2012 a 98 anos e 10 meses de reclusão pelo crime que cometeu enquanto mantinha Eloá refém no apartamento em que ela morava. Sua pena progrediu a regime semiaberto no fim de 2022.

Sob custódia da penitenciária de Tremembé, Gil Rugai foi preso em 2014 pelo assassinato a tiros do pai e da madrasta em 2004. Ele foi apontado como principal suspeito do crime desde o início das investigações, mas alegava inocência. Rugai foi condenado a 33 anos e nove meses de prisão. Atualmente, está matriculado no curso de Arquitetura e Urbanismo de uma universidade em Taubaté, no interior de São Paulo, onde frequenta as aulas com uso de tornozeleira eletrônica.

Fonte: O Globo

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