O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse nesta 4ª feira (24.abr.2024) que, apesar de não ter votado no presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2022, nunca faltou com suas obrigações enquanto presidente da Casa Baixa para oferecer “todas as condições para que ele fizesse um bom” 1º ano de mandato.
Lira afirmou que a Câmara é considerada o “patinho feio do Congresso” e que, por isso, as negociações são tratadas com menos cerimônia pelo governo. Mesmo assim, disse que o Planalto lida com “um presidente [da Casa Baixa] que tem a coragem de dar a cara para apanhar pelo outros 512 [deputados]“. A declaração foi feita durante o evento do 4º Ciclo de Debates CACB (Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil), em Brasília.
Depois do distensionamento da relação entre Lira e o ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais), o Planalto tenta agora recriar uma estratégia para articular pautas de interesse do governo. A mais premente é o acordo para manter vetos de Lula a temas caros ao governo, como as saidinhas temporárias de presos e o corte de R$ 5,6 bilhões em emendas de comissão previstas no Orçamento.
A sessão de análise desses vetos –32 ao todo, sendo que 28 trancam a pauta– está marcada para às 19h desta 4ª feira (24.abr), mas uma reunião de líderes às 15h é a esperança do governo para tentar adiar a votação e não sofrer uma série de derrotas.
Em seu discurso, Lira destacou que há temas que o Congresso “não suporta modificar, não modificará e não aceitará que tentem modificar por decretos ou portarias”.
“Sem gerar crise, sem gerar desconforto, são pesos e contrapesos que têm a obrigação de se equilibrar”, declarou o presidente da Casa Baixa.
Fonte: Poder360