Colecionador de vitórias sobre o governo em votações na Câmara, o presidente da Casa, Eduardo Cunha (RJ), não aceitou falar em derrotas, nesta quarta (17), após a eleição do aliado do Planalto Leonardo Picciani para a liderança do PMDB, por uma diferença de sete votos sobre seu candidato, Hugo Motta (PB).
“Não me sinto derrotado. Se sente derrotado quando quem disputa a eleição somos nós”, disse.
“O que se cristalizou nessas últimas horas, é querer criar esse clima de que é uma candidatura de A contra B, quando Hugo Motta é até mais defensor do governo que o próprio Picciani, porque ele votou na Dilma e sempre com o governo aqui. Ele era uma proposta para a bancada ser administrada de outra forma”, argumentou Cunha.
O peemedebista foi mais que apoiador da candidatura de Motta, mas um idealizador dela. A ideia de lançar o deputado surgiu quando ainda havia mais um parlamentar na disputa, Leonardo Quintão (MG), que acabou desistindo de concorrer. A ideia de Cunha era encontrar alguém sem conflitos com a maior parte da bancada, com ideias pouco polêmicas, que pudesse juntar muitos votos. Encontrou isso em Motta.