A cidade de Luján de Cuyo, em Mendoza, se viu chocada com um fato ocorrido na última segunda-feira: Uma vizinha de bairro encontrou um bebê recém-nascido abandonado em um depósito de lixo e rodeado por cães.
Segundo informou ao jornal local, Mendoza Post, quando teve certeza do que se passava e visualizou o bebê, a mulher avisou rapidamente as autoridades. Quando as equipes chegaram no local, constataram que se tratava de um bebê do sexo masculino que havia sido abandonado.
Foi uma ambulância do Serviço de Emergência Coordenado (Sec) e policiais locais, que fizeram o primeiro atendimento e asseguraram que o recém-nascido estava em bom estado de saúde, já que não devia haver muitas horas de abandono. Além disso, não apresentava feridas visíveis ou marcas de violência física.
Por ser considerado um bebê em risco, foi transferido ao Hospital Pediátrico Dr. Humberto Notti, onde foi internado na neonatologia. A enfermeira que o atendeu, Yanina Alacoria, começou a amamentá-lo porque ele estava “muito faminto”.
— São muitas emoções juntas, dar de mamar para ele é lindo. Segurei ele como se fosse meu — contou a enfermeira para o Canal 7. Fora isso, informou que o recém-nascido tinha seus níveis de glicemia muito baixos e por isso, ele não dormia.
— Penso que o trabalho mais importante foi das pessoas que encontraram o bebê e o protegeram, porque se elas não o encontrassem, não sabemos o que poderia ter acontecido ou quantas horas ele poderia ter estado lá — disse Alacoria, em entrevista para Radio Jornada.
A enfermeira também contou que em conversa com a mulher que encontrou o bebê, ela soube que a moça viu cachorros amontoados e resolveu ver o que acontecia. Foi quando notou que os cachorros estavam ao redor de um bebê.
— Os cachorros não haviam feito nada, somente estavam ao redor dele, como que protegendo ele — relatou Alacoria.
Já sobre o momento de alimentar o resgatado, ela disse que a médica constatou que o bebê estava bem e automaticamente pediu alguém que pudesse amamentá-lo. Assim, ela que estava logo atrás da profissional, se ofereceu. Quando a enfermeira chegou em casa, sua filha mais velha lhe disse que “deveria ter levado” o bebê com ela, mas Yanina Alacoria sabe que a realidade não é tão fácil assim.
— Seguramente há muita gente na lista de espera e muitos papais que tem desejo em ter filhos e não podem, eu tenho três. Por isso, deve ser deixado para outra pessoa que deve estar à espera dele — explicou.
Fonte: O Globo