Mulher que matou filhos de 7 e 11 anos durante ‘acesso de raiva’ é julgada no Reino Unido

Mulher que matou filhos de 7 e 11 anos durante 'acesso de raiva' é julgada no Reino Unido
Mulher que matou filhos de 7 e 11 anos durante 'acesso de raiva' é julgada no Reino Unido — Foto: Reprodução

Uma mulher acusada de matar os dois filhos, de 7 e 11 anos, durante o que o júri considerou um “acesso de raiva” está em julgamento, no Reino Unido. O crime aconteceu em junho de 2023, na cidade de Stoke-on-Trent. Veronique John, de 50 anos, teria assassinado os filhos por não querer que o marido os “levasse”.

Segundo o site BBC, Veronique esfaqueou o filho Ethan John, de 11 anos, mais de 20 vezes, e “infligiu danos cerebrais” à filha Elizabeth John, de sete anos. Depois, esfaqueou o marido, Nathan John, no estômago. O homem, no entanto, sobreviveu ao ferimento.

O julgamento de Veronique deve levar aproximadamente seis dias. A mulher é acusada de dois homicídios, uma tentativa de homicídio e uma acusação alternativa de lesão corporal, mas foi considerada inapta para prestar declarações.

Funcionária de uma loja de caridade, Veronique John nasceu na Ilha de São Vicente, no Caribe. Ela chegou a ser detida no dia anterior ao crime por agredir o marido com uma ripa de madeira. Segundo a imprensa local, a mulher acreditava que o homem teria um caso extraconjugal.

Em 11 de junho de 2023, dia do crime, horas antes de matar os filhos, ela chegou a pesquisar, em um site de buscas, se “um estrangeiro pode ser acusado de homicídio no Reino Unido”.

Veronique matou os filhos dentro do imóvel em que viviam. Depois, vestida com um roupão, saiu em busca do marido, que estava em um lava-jato, e o esfaqueou na região abdominal. Ela, então, voltou para casa e telefonou para a emergência: “Estou ligando para relatar que acabei de matar meus dois filhos”, declarou a mulher.

Os agentes constataram a morte das crianças no local. Aos policiais, Veronique afirmou ter assassinado as crianças por não querer que o marido as “levasse”. Ela pediu, ainda, que os agentes a matassem, disse que não era “um monstro” e pediu que fosse aplicada pena de morte.

“É algo em que eu estava pensando há muito tempo. Matar a mim mesmo e às crianças. A menos que vocês estejam me oferecendo a pena de morte, não tenho mais nada a dizer (…) Fiz isso porque amo meus filhos, para protegê-los. Se houver alguma maneira possível de eu ser condenado à morte, eu gostaria disso”, teria afirmado a mulher aos policiais.

Segundo alegou a promotoria no julgamento, o casal Veronique e Nathan já tinham problemas antes. A mulher, segundo as autoridades, tentava proibir que o marido tivesse acesso à internet e aparelhos de celular, por exemplo.

O julgamento, segundo o magistrado Justice Choudhury, é “um pouco incomum”, já que a mulher não foi considerada psicologicamente apta para participar efetivamente.

— Ela não consegue participar do julgamento de maneira significativa. Sua tarefa é decidir se a ré cometeu os atos de infligir lesões ilegalmente e matar Ethan e Elizabeth, o que levou à morte deles, e infligir lesões ilegalmente em Nathan John — disse o juiz ao corpo de jurados designado para o caso.

Fonte: O Globo

© 2024 Blog do Marcos Dantas. Todos os direitos reservados.
Proibida a reprodução total ou parcial do conteúdo deste site sem prévia autorização.