MPMG investiga denúncias contra dentista que fez ‘lipopapadas’ em BH

'Lipopapada': mais de 10 pacientes apresentam infecções graves após procedimento com suposta dentista
'Lipopapada': mais de 10 pacientes apresentam infecções graves após procedimento com suposta dentista — Foto: prostooleh no Freepik

O Ministério Público de Minas Gerais abriu um procedimento investigatório criminal para apurar denúncias contra Camilla Groppo, a dentista suspeita de deixar pacientes com infecções graves após cirurgias de lipoaspiração de papada. Com registro profissional desativado desde março, a promotoria informou à CBN que outros 20 clientes denunciaram a profissional após o caso ser divulgado.

Com cerca de 12 mil seguidores nas redes sociais, Camilla se apresentava como dentista e especialista em lipos na região abaixo da mandíbula e também em bichectomia, um procedimento que remove gordura das bochechas.

De acordo com apuração da CBN, os procedimentos custavam aproximadamente R$ 2 mil, e inclusos também estão os pacotes de drenagem e o pós-operatório. A maioria das pacientes era atraída por anúncios feitos pela mulher nas redes sociais.

Uma das pacientes teve uma infecção grave e foi internada após realizar o procedimento com Camilla. Devido à complicação, ela teve que passar por duas cirurgias.

O delegado da Polícia Civil, Alessandro Santa Gema reforça que as vítimas precisam registrar a denúncia contra a mulher quanto antes.

— A Polícia Civil instrui as vítimas que compareçam à unidade policial mais próxima, elabore o boletim de ocorrência e manifeste o interesse em representar, haja vista que os possíveis crimes praticados por esta suposta cirurgia dentista constituem em crime de lesão corporal. Desta forma, comparecendo à unidade policial, será solicitado um exame de corpo de delito. A gente alerta que o exame pericial é uma prova fundamental para constatação do crime de lesão corporal —, disse o delegado à CBN.

A Clínica de Camilla também já foi alvo de denúncias da Vigilância Sanitária de Belo Horizonte. No dia 11 de março, a equipe constatou algumas irregularidades, como esterilização inadequada, além de irregularidades de materiais para atender as demandas do estabelecimento.

Fonte: O Globo

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