MPF denuncia Silvinei e mais 7 por fraude na compra de blindados

Silvinei Vasques
Período de aquisição dos blindados foram adquiridos no período em que Silvinei Vasques (foto) era diretor-geral da PRF

O MPF (Ministério Público Federal) do Rio de Janeiro apresentou uma denúncia à Justiça Federal contra o ex-diretor-geral da PRF (Polícia Rodoviária Federal) Silvinei Vasques e mais 7 pessoas por fraude na compra de veículos blindados. O prejuízo aos cofres públicos é de mais de R$ 13 milhões.

Segundo o órgão, foram adquiridas 15 viaturas conhecidas como “caveirões” da Combat Armor Defense do Brasil Ltda. O dono da empresa, Maurício Junot, também foi denunciado. O MP pede ainda a sua prisão imediata.

Eis a lista de denunciados:

De acordo com a investigação, a Combat descumpria prazos e entregava produtos e serviços abaixo dos padrões acordados. A empresa, inclusive, não possuía autorização para fornecer o modelo de veículo solicitado. O MP afirma que os caveirões entregues eram “inservíveis”. Todos foram adquiridos no período em que Silvinei esteve à frente da PRF.

As compras suspeitas também são investigadas pelo TCU (Tribunal de Contas da União), depois de a empresa ter sido citada no relatório final da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) dos Atos de 8 de Janeiro, do Congresso Nacional.

Apesar de o procedimento investigatório criminal ter sido instaurado em agosto de 2023, o MPF já tinha apurações iniciais do caso desde maio, quando esteve na superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro e flagrou 14 veículos blindados novos inutilizados por inadequações técnicas, havendo, ainda, indícios de fraudes nas compras.

Havia, também, suspeita de conflito de interesses na confecção do atestado de capacidade técnica apresentado pela Combat Armor. O documento -requisito indispensável para verificar a adequação dos veículos fornecidos- foi emitido por sociedade empresarial controlada pelo presidente da empresa.

O ex-superintendente da PRF, Silvinei Vasques, foi preso em 9 de agosto de 2023 durante a operação Constituição Cidadã, da Polícia Federal, que investiga possíveis ações de agentes públicos para interferir no processo eleitoral do segundo turno das eleições presidenciais de 2022.

Procurada pela EBC (Empresa Brasileira de Comunicação) nesta 5ª feira (21.mar), a PRF não se manifestou sobre a investigação do MPF.

À época do início da apuração, a PRF informou que criou um grupo de trabalho para a realização de estudos a respeito do efetivo emprego de veículos blindados e que o resultado final do GT poderia motivar a abertura de uma IPS (investigação preliminar sumária), que poderia fornecer informações e elementos de prova para o Ministério Público e demais órgãos de investigação. Procurada, a empresa Combat Armor não respondeu.

Com informações da Agência Brasil

Fonte: Poder360

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