Mortes por leptospirose no RS chegam a 17 após enchentes

Homem caminhando em rua alagada
Cheias atingem o Estado do Rio Grande do Sul desde o início de maio; na foto, pessoa pisa em água suja

Subiu para 17 o número de mortes por leptospirose no Rio Grande do Sul por conta da exposição da população às enchentes que atingiram o Estado por mais de um mês.

De acordo com o Cevs (Centro Estadual de Vigilância em Saúde), 4 mortes ainda estão em investigação e outras 7 foram descartadas.

A Secretaria de Estado de Saúde informou que foram notificados um total de 4.516 casos de leptospirose. Desses, 242 foram confirmados, outros 1.004 foram descartados e 3.270 seguem em investigação.

Inundações como as que são registradas no RS são facilitadoras para a propagação da doença, transmitida pela exposição direta ou indireta à urina de animais (principalmente ratos) infectados pela bactéria Leptospira –também ligada à falta de saneamento básico e à infestação de roedores.

Os sintomas são divididos em duas fases: precoce e tardia. Na precoce, o infectado pode apresentar febre, dor de cabeça, dor muscular, falta de apetite, náuseas e vômitos.

Cerca de 15% dos pacientes com leptospirose evoluem para uma fase mais grave da doença, quando podem sofrer icterícia, insuficiência renal, lesão pulmonar aguda, tosse seca, dispneia (sensação de falta de ar), expectoração hemoptoica (estiras de sangue no escarro), síndromes respiratórias e manifestações hemorrágicas.

O Ministério da Saúde indica que o paciente busque o serviço de saúde assim que suspeitar da doença. Em casos leves, o atendimento é ambulatorial. Já nos graves, é recomendada a hospitalização imediata, a fim de evitar mortes.

O tratamento é feito com antibióticos, que podem ser usados em qualquer período da doença, mas sua eficácia é maior na 1ª semana do aparecimento dos sintomas. Na fase precoce, são usados doxiciclina ou amoxicilina; para a fase tardia, penicilina cristalina, penicilina G cristalina, ampicilina, ceftriaxona ou cefotaxima.

Em casos de exposição populacional em massa, como em desastres naturais como enchentes, o ministério indica que os profissionais inseridos em operações de resgate usem equipamentos de proteção individual. Ainda, que alertas sobre a doença sejam ampliados pelo governo local.

Toda a população deve ter cuidado com água para consumo humano, já que são comuns quebras na canalização durante as inundações, e o contato com qualquer água ou lama tem de ser evitado.

A lama deve ser retirada com uso de luvas e botas de borracha, e o local deve ser desinfectado com solução de hipoclorito de sódio a 2,5%.

Com informações da Agência Brasil.

Fonte: Poder360

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