Ministro do STF nega pedido de Eduardo Cunha para adiar julgamento de denúncia

EDUARDO-CUNHA

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Teori Zavascki negou nesta terça-feira (1º) pedido do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para adiar o julgamento da denúncia oferecida pela Procuradoria-Geral da República que o acusa de receber US$ 5 milhões em propina de contratos da Petrobras.

Com isso, o Supremo deve decidir nesta quarta (2) se abre ação penal e transforma o deputado em réu, respondendo pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. A defesa de Cunha alegou que antes de o plenário do Supremo discutir se aceita a acusação, é preciso debater dois recursos que foram apresentados pelos advogados questionando questões processuais, como um pedido para mais prazo para apresentação da defesa na denúncia. Os advogados alegaram ainda que não conseguiram marcar audiências com os ministros para discutir o caso e que o ministro Luiz Fux estará ausente na sessão.

Em sua decisão, Teori afirmou que vai submeter ao plenário os recursos da defesa que estão pedentes antes da denúncia. Se eles foram acolhidos, na prática, a análise da acusação pode ser adiada. No Supremo, a expectativa é de que a denúncia seja aceita pelos ministros, levando ao debate de outro pedido feito pela Procuradoria: o afastamento de Cunha da presidência da Câmara por usar o cargo para atrapalhar as investigações contra ele.

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