Ministério Público denuncia mulheres acusadas de homofobia em padaria de São Paulo

Jaqueline Santos Ludovico foi denunciada pelo MP
Jaqueline Santos Ludovico foi denunciada pelo MP — Foto: Reprodução

O Ministério Público de São Paulo denunciou por injúria racial Jaqueline Santos Ludovico e Laura Athanassakis Jordão acusadas de cometerem homofobia dentro de uma padaria no bairro Santa Cecília, na região central da capital, contra Adrian Filho e Rafael Gonzaga.

O caso, que aconteceu em fevereiro deste ano, foi gravado pelas vítimas. No vídeo, é possível ver uma das acusadas dizer que “os valores estão sendo invertidos”: “Eu sou de família tradicional e tenho educação, diferente dessa p****”. O GLOBO não conseguiu contato com a defesa das acusadas.

Na época dos fatos, a defesa de Jaqueline afirmou que ela estava em “situação de vulnerabilidade” e que “há duas versões para a história”. Disse ainda que ela estava sofrendo “linchamento virtual”.

O MP, na denúncia, considerou que Jaqueline também cometeu lesão corporal, ameaça e vias de fato. Por isso, caso seja condenada, pode ser condenada a penas de até 12 anos. Para Laura, o máximo é 10 anos.

O vídeo também mostra o momento em que Jaqueline parte para cima do casal. Um dos rapazes fica com o nariz sangrando. Depois, a mulher foi contida e passou a agredi-los com termos homofóbicos, como “veados”. Em determinado momento, ela atirou um cone contra os dois.

“Sou mais mulher do que você. Eu sou mais macho que você”, diz. “Tirei sangue seu, foi pouco”, fala, na sequência. Em nota, a defesa das vítimas afirma que o caso foi um “odioso episódio de homofobia”

“Espera-se que o presente caso, que ganhou atenção midiática, sirva de lição pedagógica a todos os homotransfóbicos ainda existentes: LTGBTfobia é crime e não tem qualquer lugar na sociedade democrática brasileira”, afirmou o advogado de Adrian Filho e Rafael Gonzaga.

Fonte: O Globo

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