Ministério da Saúde lança campanha para Doação de Leite Materno

Neste 19 de maio, Dia Mundial da Doação de Leite Materno, o Ministério da Saúde lançou campanha para incentivar a doação e não deixar cair os estoques dos bancos de leite em meio à pandemia do novo coronavírus. Com o tema “Doe Leite Materno. Nessa corrente pela vida, cada gota faz a diferença”, o objetivo é incentivar a doação durante todo o ano.

O Ministério da Saúde destacou que o leite materno permite que os bebês se desenvolvam com mais saúde e protege de doenças como diarreia e alergias. Reduz ainda em 13% a mortalidade em crianças menores de 5 anos e diminui o risco de desenvolver hipertensão, colesterol alto, diabetes e obesidade na vida adulta. 

Segundo a assessora técnica da Coordenação de Saúde da Criança e Aleitamento Materno do Ministério da Saúde, Amanda Moura, com a pandemia já se verifica uma queda de doações. Segundo o Ministério da Saúde, esse número caiu em 5%. 

Amanda Moura explicou que é possível continuar ajudando os bebês que precisam de forma segura para todos. “Tivemos uma queda principalmente em relação ao último mês. Por isso, é tão importante essa data para fazer uma mobilização”, disse.  

Benefícios do leite materno 

A doação de leite é fundamental para os bebês prematuros e que nascem com baixo peso e não podem ser amamentados pela própria mãe. De acordo com o Ministério da Saúde, um litro de leite materno doado pode alimentar até 10 recém-nascidos por dia. Dependendo do peso do prematuro, 1 ml já é o suficiente para nutri-lo cada vez em que ele for alimentado.

“O leite materno realmente salva vidas. Temos por ano muitas crianças que nascem prematuras, cerca de 11% dos nascimentos, atinge mais de 300 mil crianças por ano. Infelizmente, o leite doado não atende a 100% dessas crianças que precisam”, disse a coordenação de Saúde da Criança e Aleitamento Materno do Ministério da Saúde, Amanda Moura. Ano passado, 60% dos bebês prematuros ou de baixo peso receberam doação de leite.

Quem pode doar

Toda mulher que amamenta é uma possível doadora. Basta ser saudável e não tomar nenhum medicamento que interfira na amamentação. Não há um volume mínimo para doação. 

A coordenadora Amanda Moura ressaltou que, se houver qualquer sintoma que indique suspeita de Covid-19, a mãe não deve fazer a doação. “Para a mulher ser doadora ela precisa estar saudável. Se ela tem algum sintoma de gripe, se está com alguma suspeita de estar infectada pelo vírus, ela não pode fazer a doação nesse momento”, explicou.

Ela explicou que, no entanto, é possível continuar amamentando o próprio filho. “É recomendável que ela mantenha a amamentação porque o leite materno traz vários benefícios e não transmite a Covid-19”, disse Amanda Moura.

Recomendações

Os cuidados de higiene adotados para colher o leite para doações devem ser seguidos em tempos de pandemia do novo coronavírus. São colocar máscara sobre o nariz e a boca, usar touca ou lenço para cobrir os cabelos, lavar as mãos e os braços até o cotovelo com bastante água e sabão, lavar as mamas com água e enxugar com uma toalha limpa.

Para buscar informações sobre o banco de leite mais próximo e tirar dúvidas a mulher pode ligar no Disque Saúde, no número 136. O Ministério da Saúde ainda tem disponível uma cartilha com orientações sobre amamentação e dicas sobre coleta e armazenamento de leite.  

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