Jornais como El País, Le Figaro, The Guardian, The Wall Street Journal, Financial Times e The New York Times ignoraram o tour do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao continente africano, iniciado na última 4ª feira (14.fev.2024).
Outros, como The Washington Post, Times of Israel, Jerusalem Post e Le Monde, citaram o encontro do petista com o presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sissi, e as declarações de Lula sobre a ONU e o conflito entre Israel e o Hamas.
Lula chegou na 4ª feira (14.fev.2024) ao Egito, dando início à 1ª viagem internacional de 2024. Na 5ª feira (15.fev), o petista se reuniu com o presidente egípcio. O Egito é um dos principais interlocutores das partes envolvidas na guerra entre Israel e o grupo extremista Hamas. Lula afirmou que o governo israelense descumpre decisões tomadas pela ONU (Organização das Nações Unidas).
O chefe do Executivo brasileiro desembarcou na noite de 5ª feira (15.fev) na Etiópia. Ele deve ficar até domingo (18.fev) no país, onde participará da 37ª Cúpula de Chefes de Estado e Governo da União Africana.
Uma das principais intenções com a viagem é se apresentar como um líder internacional que pode mediar acordos de paz para conflitos, como o atual entre Hamas e Israel, e também se qualificar para receber o Prêmio Nobel da Paz (desejo já manifestado pelo próprio petista a assessores mais próximos).
Apesar dos esforços do presidente brasileiro, que já passou 65 dias no exterior desde a sua posse (62 dias em 2023 + 3 dias de 14 a 16 de fevereiro de 2024), a repercussão tem sido perto de nula.
O site do jornal francês Le Monde publicou na noite de 5ª feira (15.fev) uma nota em que citou os apelos de Lula para o fim da guerra entre Israel e o Hamas. A publicação destacou uma declaração do presidente brasileiro por um cessar-fogo no conflito, em discurso no Conselho de Representantes da Liga dos Estados Árabes, no Egito. Lula chamou os bombardeios de “punição coletiva” aos palestinos.
Na thread em que o The Washington Postpublica notícias sobre o conflito entre Israel e o Hamas, o site do jornal noticiou (só na versão on-line), na 5ª feira (15.fev), o encontro de Lula com o presidente do Egito e o pedido de ambos por um cessar-fogo na região. A publicação citou a declaração de Lula sobre ser “covardia” suspender doações à UNRWA (Agência das Nações Unidas de Assistência e Trabalho para Refugiados da Palestina, na sigla em inglês).
Lula foi mencionado na thread de 5ª feira (15.fev) em que o Corriere della Sera publica notícias sobre o conflito entre a Ucrânia e a Rússia. O jornal italiano mencionou que o presidente brasileiro estava no Egito e defendeu que os países que integram o Conselho de Segurança da ONU devem defender a paz.
A publicação israelense noticiou na 5ª feira (15.fev) o encontro de Lula com o presidente do Egito. O jornal escreveu que o brasileiro “disse que não haveria paz sem o estabelecimento de um Estado palestino e apelou por um cessar-fogo imediato para permitir a entrada de ajuda humanitária em Gaza”.
Na edição impressa desta 6ª feira (16.fev), o Jerusalem Post destacou que Lula culpou Israel pela guerra na Faixa Gaza e criticou a atuação da ONU durante sua visita ao Cairo. A publicação concluiu o texto citando que o Brasil fará novas doações para a UNRWA, ignorando as denúncias das FDI (Forças de Defesa de Israel) de que o Hamas teria um datacenter abaixo da sede da agência.
Lula foi mencionado na thread desta 6ª feira (16.fev). O Haaretz fez uma breve nota dizendo que o presidente brasileiro “criticou duramente as ações de Israel em Gaza” e disse “que as Nações Unidas não conseguiram resolver os conflitos internacionais”.
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Fonte: Poder360