Mercado dá mais crédito a Haddad que a Lula, diz pesquisa

Avaliação do trabalho do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (esq.) tem melhorado, ao contrário da do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (dir.)

A avaliação do mercado financeiro sobre o trabalho do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, está em tendência de alta, ao passo em que a do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vem caindo nos últimos meses. É o que aponta uma pesquisa da Genial/Quaest divulgada nesta 4ª feira (20.mar.2024). Eis a íntegra do levantamento (PDF – 25 MB).

Segundo a Quaest, Haddad tem seu trabalho avaliado positivamente por 50% dos analistas do mercado, enquanto 38% veem as ações do ministro como regular. Apenas 12% reprovam o trabalho. Em novembro, as taxas eram de 43%, 24% e 38%, respectivamente. 

Já Lula tem avaliação positiva de só 6% do mercado (ante 9% no fim de 2023), enquanto sua reprovação é de 60% (era 52%). Outros 30% dos analistas (antes, 39%) veem o trabalho do petista como regular. 

O mercado, porém, tem criticado os rumos da economia do governo. Cerca de 71% acreditam que Lula direcionou a economia de forma errada, enquanto 29% aprovam o caminho tomado pelo Palácio do Planalto. 

A pesquisa ainda coloca que 47% dos analistas dizem acreditar que a economia deve se manter estável nos próximos 12 meses, enquanto 32% veem uma possível piora no cenário. Já para 21%, estará em situação melhor. 

A pesquisa ouviu 101 fundos de investimento com sede em São Paulo e no Rio de Janeiro, de 14 a 19 de março, por meio de entrevistas on-line. O público-alvo são gestores, economistas, analistas e tomadores de decisão do mercado financeiro.

O mercado é quase unânime no descrédito sobre a meta de deficit zero nas contas públicas em 2024. Segundo a pesquisa, 99% dos entrevistados acreditam que o governo não vai cumprir a promessa estabelecida no marco fiscal e na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias). 

Para este ano, o governo prometeu zerar o deficit dos cofres, mas abriu margem de até 0,25% do PIB (Produto Interno Bruto). Entretanto, o Ministério da Fazenda admite ter dificuldades de cumprir a medida e estuda a possibilidade de limitar o rombo em 0,8% do PIB. 

Na avaliação de 33% do mercado, o governo deve apresentar uma nova meta fiscal até maio, quando deve sair um novo relatório de receitas e despesas. Apenas 10% dos analistas acreditam que a Fazenda não precisará alterar a meta. 

Preocupação do governo com a inflação:

Dividendos da Petrobras:

Atuação de Roberto Campos Neto no Banco Central:

Lula candidato à reeleição:

Prisão de Bolsonaro:

Fonte: Poder360

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