Marinheiro dos EUA que ficou à deriva no Mar Vermelho é identificado pelo Pentágono; morte é investigada

Navio USS Mason liberou navio sequestrado no Oriente Médio e prendeu grupo responsável por ataque
Navio USS Mason liberou navio sequestrado no Oriente Médio e prendeu grupo responsável por ataque — Foto: Divulgação Marinha dos EUA

Um marinheiro americano morreu no dia 20 de março, após cair no Mar Vermelho, por conta de um “incidente não relacionado a combate” segundo divulgaram as autoridades americanas neste último sábado. Segundo a Marinha dos Estado Unidos, Oriola Michael Aregbesola atuava no navio de guerra USS Mason (DDG-87). Uma investigação sobre a causa da morte está em andamento.

Aregbesola ingressou na Marinha em meados de 2020 e se apresentou ao Helicopter Maritime Strike 74 (HSM-74), conhecido como “Swamp Foxes (raposas do pântano)”. Um esquadrão de helicópteros da Marinha dos Estados Unidos baseado na Estação Aérea Naval de Jacksonville, na Flórida.

“O suboficial Aregbesola incorporou totalmente o caráter altruísta e o espírito guerreiro e atencioso do marinheiro da Marinha dos Estados Unidos” disse Eric Kohut, comandante da HSM-74.

“Seu desempenho excepcional antes e durante o destacamento foi muito além da manutenção de aeronaves; ele realmente via e valorizava cada membro da equipe de navio e/ou ar.”, acrescentou o comandante.

Seu esquadrão foi destacado para o USS Mason, que opera na 5ª Frota dos Estados Unidos no Mar Vermelho, desde novembro do ano passado. O Pentágono anunciou em dezembro que os EUA iriam se juntar ao pacto militar de 10 nações para tentar combater ameaças terroristas no Mar Vermelho, após uma série de ataques de drones e mísseis contra embarcações comerciais na região.

Segundo o grupo, que além dos EUA conta com Canadá, França, Reino Unido, Itália, Holanda, Noruega, Espanha, Bahrein e Seicheles (país na África Oriental), os ataques foram feitos pelo grupo terrorista Houthis.

Desde novembro, os houthis têm lançado diversos ataques contra embarcações no Mar Vermelho e contra alvos israelenses em apoio ao Hamas, responsável pelo ataque terrorista contra Israel em 7 de outubro, que deixou 1,2 mil mortos e fez 250 reféns, segundo as autoridades israelenses. Prometendo aniquilar o grupo, Israel tem realizado intensos bombardeios e incursões terrestres no território palestino.

Com os ataques, diversas empresas de navegação passaram a evitar a rota, por onde passam 12% do comércio global, e dar a volta pelo continente africano, aumentando os custos de frete e seguro marítimo. Em resposta, os Estados Unidos e o Reino Unido lançaram no dia 11 o primeiro ataque contra a milícia iemenita com o objetivo de “desanuviar as tensões e restaurar a estabilidade no Mar Vermelho”. Desde então, os Houthis declararam que os interesses dessas duas potências também são alvos legítimos.

Fonte: O Globo

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