Macron afirma que Brasil resistiu a ‘forças muito extremas’ no dia 8 de janeiro de 2023

Lula e o presidente da França, Emmanuel Macron
Lula e o presidente da França, Emmanuel Macron — Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou que o Brasil resistiu a “forças muito extremas”, no dia 8 de janeiro do ano passado, ao preservar a democracia no país. Macron se reuniu, nesta quinta-feira, no Palácio do Planalto, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

— Toda minha comitiva e eu, pessoalmente, nos sentimos imensamente honrados de estarmos hoje aqui ao seu lado, hoje, aqui, neste lugar, nesta Praça dos Três Poderes, que foi atacada, destruída praticamente, ou, pelo menos, bastante maltratada pelos inimigos da democracia. A maneira com que [Lula] conseguiu reconstituir os equilíbrios da democracia e levar a cabo esse debate internacional significa muitíssimo para nós — afirmou o presidente da França.

— Ninguém está a salvo de forças muitos extremas, que vêm estremecer a democracia. A força da democracia do Brasil foi de resistir a isso com alternância [de poder] — acrescentou.

Macron elogiou a posição do Brasil, que ajudou a mediar um acordo para a crise na Venezuela, mas subiu o tom, ao questionar a inabilitação de candidatos da oposição ao presidente Nicolás Maduro, que querem concorrer às eleições do país. Disse que a França também participou das conversas para um acordo entre governo e oposição daquele país.

— Gostaria de saudar a ação positiva, a iniciativa que [o Brasil] teve nos últimos dias, com a qual concordamos, para encontrar uma saída para essa crise — afirmou.

Nesta semana, o governo brasileiro mudou o tom com a Venezuela, após Corina Yoris, da oposição a Maduro, não conseguir se habilitar para as eleições deste ano.

— É grave que ela não tenha sido registrada — disse Macron.

Fonte: O Globo

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