JPMorgan se preocupa com possível reversão de tendência no S&P 500

JPMorgan
Banco de investimento alerta para possível tendência de queda nos EUA; na imagem, sala de reunião com o logo da JPMorgan

Os estrategistas de ações do JPMorgan estão atentos às movimentações no mercado de ações dos EUA, levantando preocupações com uma possível queda prolongada. Na visão do banco, diversos fatores podem impactar o sentimento dos investidores e a estabilidade do mercado. Na 2ª feira (22.abr.2024), o S&P 500 fechou com alta de quase 0,9%, recuperando o nível de 5.000 pontos.

Com cerca de 40% das empresas dos EUA por capitalização de mercado prestes a divulgar seus resultados nesta semana, o banco sugere que os movimentos do mercado podem depender desses resultados, possivelmente levando a uma estabilização no curto prazo.

No entanto, o JPMorgan alerta para a complacência com os valuations das ações, a inflação persistente, a possibilidade de novos aumentos nas taxas de juros do Federal Reserve e uma perspectiva excessivamente otimista para os lucros do ano.

A narrativa e os padrões de mercado atuais lembram o último verão, quando surpresas inflacionárias e revisões na postura do Fed provocaram correções nos ativos de risco. Entretanto, a posição dos investidores parece mais elevada agora”, afirmam os estrategistas em uma nota para clientes.

O cenário atual é tenso, com a força do dólar, o aumento das taxas dos títulos do Tesouro americano, os preços elevados do petróleo e a maior concentração do mercado. O JPMorgan destaca uma expansão significativa nos múltiplos, métricas de volatilidade historicamente baixas e os spreads de crédito mais apertados desde 2007.

Por outro lado, o Japão apresenta oportunidades, especialmente em ações relacionadas ao consumo. As negociações salariais da primavera de 2024 são esperadas para resultar em aumentos substanciais, potencialmente impulsionando o crescimento real dos salários e aumentando o consumo pessoal.

Esse cenário pode servir como um catalisador para as ações japonesas, especialmente aquelas ligadas aos gastos dos consumidores.

O relatório também aborda os mercados de câmbio e commodities, observando que o dólar forte reflete fatores fundamentais e que as operações de “carry trade” em moeda estrangeira estão gerando retornos.

Em commodities, apesar de eventos geopolíticos como o ataque do Irã a Israel, os mercados de petróleo mostram sinais de complacência. O JPMorgan antecipa que os preços dos metais básicos e preciosos têm mais espaço para crescer até 2024, com a geopolítica provavelmente permanecendo um fator de alta.

Com informações de Investing Brasil.

Fonte: Poder360

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