Israel matou número três do Hamas durante bombardeio em Gaza, diz Casa Branca

Fumaça de um bombardeio ocorrido ao sul da Faixa de Gaza
Fumaça de um bombardeio ocorrido ao sul da Faixa de Gaza — Foto: Mohammed Abed | AFP

A Casa Branca informou nesta segunda-feira que Israel matou o número três do Hamas na semana passada, após autoridades israelenses terem anunciado que ele havia sido alvo de um ataque aéreo na Faixa de Gaza na semana passada. Segundo o porta-voz do Exército de Israel, Daniel Hagari, Marwan Issa era vice do líder militar do grupo palestino, Mohammed Deif, e teria participado da organização do ataque terrorista em 7 de outubro.

— Marwan Issa foi morto em uma operação israelense na semana passada — disse o conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, em uma entrevista coletiva.

No dia anterior, o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas de Israel, o tenente-general Herzi Halevi, citado pelo Times of Israel, disse que o grupo estava tentando esconder o que tinha acontecido com o combatente. Sullivan afirmou ainda que Israel também “destruiu um número significativo de batalhões do Hamas e matou milhares de combatentes do grupo, incluindo comandantes seniores”.

— O restante da alta liderança está escondido, provavelmente nas profundezas da rede de túneis do Hamas [e sua hora também chegará] — acrescentou.

Em 11 de março, o Exército israelense alegou que Issa foi o alvo de um ataque aéreo em um complexo subterrâneo no centro de Gaza, perto do campo de refugiados de Nuseirat.

O combatente, segundo o porta-voz Daniel Hagari, era o vice de Mohammed Deif, líder do braço armado do Hamas, as Brigadas Ezedine al-Qasam. Deif foi quem deu voz ao anúncio da operação do grupo em Israel e é um dos homens mais procurados pelos militares israelenses. Ambos são considerados “terroristas” pela União Europeia.

Issa também é acusado de ser um dos organizadores do ataque terrorista do Hamas contra Israel em outubro, que vitimou 1,2 mil pessoas, a maioria civis, e fez mais de 240 reféns.

O anúncio, segundo a Forbes, marca a morte do líder de mais alto escalão dentro do grupo desde o início do conflito. No início de janeiro, um atentado nos subúrbios do sul de Beirute matou Saleh al-Aruri, um dos fundadores do braço armado do Hamas e então vice-comandante da ala política do grupo

A declaração feita por Sullivan ocorreu pouco depois de uma ligação entre o presidente dos EUA, Joe Biden, e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, feita mais cedo nesta segunda-feira. A última vez que os dois líderes conversaram foi em 15 de fevereiro.

Segundo o conselheiro, Biden enfatizou “seu profundo compromisso em garantir a segurança de longo prazo de Israel” e reforçou que o Estado judeu teria o direito de se defender do Hamas.

O líder americano, porém, também comunicou a Netanyahu sua “profunda preocupação” com os planos de uma incursão terrestre em Rafah, no sul do enclave palestino, e disse que uma ofensiva seria “um erro”.

O premier, de acordo com Sullivan, concordou com um pedido para enviar uma delegação de alto nível aos Estados Unidos para discutir os planos e a possibilidade de encontrar “uma alternativa”.

Fonte: O Globo

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