Militares israelenses disseram no domingo que seus caças atacaram locais do Hezbollah no leste do Líbano, onde o grupo apoiado pelo Irã tem uma forte presença, em retaliação ao abate de um de seus drones.
Uma fonte próxima ao Hezbollah disse anteriormente à AFP na região de Baalbek, leste do Líbano, que os ataques tinham como alvo Janta e Sinfri, no Vale do Bekaa.
A força militar de Israel disse no Telegram que “jatos de combate atingiram um complexo militar e três outros locais de infraestrutura terrorista pertencentes à rede de defesa aérea do Hezbollah” na região.
Ainda segundo os militares israelenses, os bombardeios foram “em retaliação ao ataque em que um drone das Forças de Defesa de Israel foi abatido” por um míssil terra-ar no sábado.
Janta é uma região árida e montanhosa perto da fronteira com a Síria, enquanto Sifri fica no centro do Vale do Bekaa. Uma fonte do Departamento de Defesa Civil do Líbano disse que não houve vítimas nos ataques.
Israel e o Hezbollah têm trocado tiros transfronteiriços quase diariamente desde que o grupo terrorista palestino Hamas realizou um ataque sem precedentes no sul de Israel em 7 de outubro, desencadeando a guerra em Gaza.
O Hezbollah tem como alvo posições israelenses perto da fronteira, enquanto Israel retalia com ataques que se aprofundam cada vez mais no território libanês e realiza ataques contra responsáveis do grupo islâmico xiita.
Os últimos ataques no leste do Líbano ocorreram depois que o Hezbollah anunciou na noite de sábado que havia abatido um drone israelense Hermes 450 sobre o território libanês.
Israel lançou ataques semelhantes contra alvos do Hezbollah no Vale do Bekaa em fevereiro, depois que o grupo disse ter abatido um tipo semelhante de drone israelense.
O líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, disse num discurso televisionado na sexta-feira que seu movimento ainda não havia usado suas “principais” armas e reiterou que o Hezbollah cessaria seus ataques somente quando a guerra em Gaza terminasse.
As hostilidades transfronteiriças mataram pelo menos 349 pessoas no Líbano, a maioria combatentes do Hezbollah, mas também pelo menos 68 civis, segundo um balanço da AFP.
Os combates deslocaram dezenas de milhares de pessoas no sul do Líbano e no norte de Israel, onde os militares afirmam que 10 soldados e oito civis foram mortos.
Fonte: O Globo