Interceptação telefônica implica presidente da Assembleia de São Paulo

Interceptações telefônicas feitas pela Polícia Civil registraram uma conversa entre o presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), deputado Carlão Pignatari (PSDB), e o médico Cleudson Garcia Montali, condenado a 200 anos de prisão por liderar uma organização criminosa envolvida no desvio de R$ 500 milhões da Saúde. As informações foram divulgadas pelo jornal “O Estado de São Paulo”.

Alesp
Carlão Pignatari, presidente da Alesp

Carlão Pignatari, presidente da Alesp

No material, é possível observar diálogo em que Pignatari supostamente negociava a entrega da administração de dois hospitais para organizações sociais do grupo de Montali. O médico-empresário, por sua vez, presta contas ao deputado sobre suas ações.

De acordo com a publicação, a conversa entre o parlamentar e Montali foi gravada quando o médico já era investigado pela polícia e pelo Ministério Público Estadual. Ele foi alvo da Operação Raio X, que apurou fraudes na gestão de hospitais de 27 cidades em quatro estados: Pará, São Paulo, Paraíba e Paraná.

A investigação teve sua primeira fase deflagrada em 2020, mas nasceu dois anos antes. No primeiro ano de pandemia, buscas foram realizadas no gabinete do governador do Pará, Helder Barbalho (MDB).

No início de 2022, a polícia realizou uma nova fase da operação, desta vez cumprindo mandados de busca na casa do ex-governador Márcio França (PSB). A ação foi vista como política.

Resposta

Ao Estadão, o deputado Carlão Pignatari disse, através da assessoria, que não tem relação com o caso e que desconhecia as suspeitas que recaíam sobre o médico, além de garantir que não é investigado.

Do Estadão

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