O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) publicou um aviso meteorológico para a baixa umidade do ar na região da Grande São Paulo nesta quarta-feira (19). A redução da umidade do ar gera complicações para a saúde, em especial, para doenças respiratórios.
Segundo o órgão, os índices de umidade devem variar entre 30% e 20%. Especialistas alertam sobre a importância de reforçar a ingestão de líquidos, evitar exposição ao sol e atividades físicas intensas nas horas mais quentes do dia.
O parâmetro adequado da umidade atmosférica deve ficar em torno de 50% e 80%. Quando fica abaixo de 30%, muitas pessoas sentem desconforto físico ou manifestam doenças. Além desses problemas, essa condição do clima causa irritações nos olhos e insuficiência em órgãos vitais, como coração e pulmões. Por isso, é importante tomar algumas precauções para diminuir os riscos.
Essa condição climática desfavorável causa o ressecamento das mucosas das vias aéreas, o que facilita o surgimento de sintomas e doenças no trato respiratório. Também causa desidratação corporal, o que leva ao ressecamento da pele, dermatites e irritações.
— Toda havia respiratória fica úmida através da produção de uma secreção normal que temos. Quando o tempo está seco e nós respiramos, o ar que entra rouba a unidade do nossos órgãos. Isso faz com que as secreções fiquem mais grossas, com isso, diminui a velocidade de limpeza do sistema respiratório criando a oportunidade para vírus, bactérias e substâncias irritantes gerarem infecções e crises de alergia — explica o médico especialista em otorrinolaringologia, Jamal Azzam.
Além disso, a ausência de umidade deixa os brônquios mais fechados, o que dificulta o fluxo sanguíneo para os pulmões, forçando o bombeamento do coração. Devido a essa condição, o sangue fica mais espesso, o que pode entupir vasos, causar hipertensão ou aumentar o risco de AVC.
Para Jamal, nessa época do ano o ideal é manter o corpo e as vias respiratórias sempre hidratadas, tomando água de modo voluntário, ou seja, não esperar a sede para tomar água. A prevenção não se limita em apenas beber água. Pingar ou borrifar sprays de soro fisiológico, ou ainda, fazer a lavagem nasal, inalações ou nebulizações, ajuda a manter a via respiratória úmida. Outra dica importante dos especialistas é usar os umidificadores de ar — ou colocar uma toalha grande úmida no ambiente onde a pessoa está estendida.
— Essas recomendações valem para todas as idades. Nós sabemos que as crianças abaixo de 6 anos e os idosos a acima de 65 anos são mais suscetíveis às crises respiratórias, então, os cuidados tem que ser redobrados — acrescenta o especialista. — Em caso de sangramentos ou agravamento do quadro de doença ou alérgico, é necessário procurar um médico para que o quadro clínico não piore.
*Estagiária sob a orientação de Mauricio Xavier
Fonte: O Globo