Inflação avança para menor renda

A inflação percebida pelas famílias de baixa renda desacelerou em fevereiro, graças à trégua momentânea nos aumentos das tarifas de ônibus e de energia, itens que comprometem grande parte do orçamento desses consumidores. O Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 (IPC-C1) subiu 0,83% no mês passado, após a alta de 2% em janeiro, informou ontem a Fundação Getulio Vargas (FGV).

Em 12 meses, contudo, o índice ganhou força e chegou a 8,06%, acima dos demais indicadores que mostram a inflação percebida por todas as famílias brasileiras, independentemente da renda. O quadro antecipa algo que deve ser constatado ao fim deste ano: as famílias mais pobres serão as mais expostas à inflação, justamente por terem uma fatia maior do orçamento comprometida com a conta de luz e com transporte público.

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