Inadimplência de empresas cresce com a greve dos caminhoneiros

Agência Estado – Após quatro meses de estabilidade, o número de empresas com pagamentos em atraso voltou a acelerar em maio, influenciado pela greve dos caminhoneiros que paralisou o País por mais de dez dias.

No mês passado, 5,5 milhões de companhias estavam na lista de inadimplentes, aponta a Serasa Experian, empresa especializada em informações financeiras. Esse é o maior número de empresas com pagamentos atrasados desde março de 2016, quando o levantamento começou a ser feito.

De janeiro a abril, 5,4 milhões de empresas mensalmente tinham dívidas em atraso. Em maio, mais 100 mil companhias engrossaram essa lista. Em comparação com o mesmo mês de 2017 houve um acréscimo de 400 mil empresas, um aumento de 7,8%. As dívidas com pagamento atrasado também cresceram 4,3% na comparação anual e atingiram R$ 124,3 bilhões.

“A greve dos caminhoneiros impactou as cadeias de produção e as empresas pararam de produzir e vender”, afirma o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi. Sem girar os estoques, elas ficaram sem capital de giro para honrar os pagamentos das contas básicas e as dívidas com sistema financeiro e fornecedores.

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