Ilha italiana invadida por cabras oferece animais para adoção

Na região da Sicília, na Itália, pequenas cidades oferecem altos subsídios para novos moradores
Na região da Sicília, na Itália, pequenas cidades oferecem altos subsídios para novos moradores — Foto: Ricardo Largman / Agência O Globo

A ilha de Alicudi, localizada na região da Sicília, na Itália, lançou uma campanha de adoção de cabras selvagens. A proposta começou porque as autoridades identificaram que a proporção entre humanos e caprinos no local se tornou desproporcional. Recentemente, um censo estimou que sua população de cabras é seis vezes maior que a população humana de 100 habitantes da ilha.

As cabras selvagens vivem em Alicudi há anos e costumavam passar a maior parte do tempo nas montanhas e penhascos da ilha vulcânica. Segundo o governo regional, os animais foram introduzidos na ilha há cerca de 20 anos por um agricultor que as libertou.

À medida que a sua população cresceu, elas começaram a se aventurar em áreas residenciais onde, além de arruinarem jardins, invadiram casas, mastigaram tudo o que encontram em parques públicos e jardins privados e tentaram escalar muros de pedra que costumam ceder com o seu peso.

O prefeito Riccardo Gullo está apelando a qualquer pessoa que possa ajudar a contribuir para resolver o problema. Em entrevista à CNN na quinta-feira, Gullo disse que “não se importa se você sabe alguma coisa sobre criação de cabras, desde que tenha um barco para tirá-las da ilha – depois de capturá-las”.

Os interessados em levar até 50 cabras podem fazer o pedido oficial à comunidade até o dia 10 de abril. Mas o prazo será prorrogado até que todas as cabras sejam adotadas, destacou o prefeito. O requerente deve enviar o seu pedido por e-mail para a autoridade local e pagar uma taxa de selo de 16 euros (cerca de R$ 87) para oficializá-lo. Depois de repartidas as cabras, o capturador tem 15 dias para capturá-las e retirá-las da ilha.

Segundo o prefeito, dezenas de pessoas já foram ouvidas desde que o anúncio foi feito pela primeira vez, incluindo um agricultor da ilha vizinha de Vulcano, que produz queijo de cabra. “Idealmente, gostaríamos que as pessoas tentassem domesticar os animais em vez de comê-los”, acrescentou. No entanto, as autoridades não farão a devida diligência sobre as intenções de qualquer adotante de cabra.

Fonte: O Globo

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