A igreja Reino Church, localizada em Balneário Camboriú (SC), vem sendo alvo de críticas nas redes por usar expressões em inglês e até comercializar energético de marca própria. Nas publicações, internautas têm falado que a instituição religiosa só é “descompromissada com o evangelho” e apenas frequentada por ricos.
As críticas à igreja começaram após um vídeo de uma frequentadora viralizar. Na gravação, ela mostra como é a rotina das “reuniões” realizadas no local. Com longas filas, os fiéis são recepcionados com comidas e bebidas, para, em seguida, irem para o espaço onde acontece as pregações. O ambiente de oração chama atenção pela estética de casas de show, com luzes neon coloridas.
No X, antigo Twitter, uma usuária comentou: “demorei um tempo para perceber que era uma igreja e não uma startup da Faria Lima” (avenida comercial em São Paulo). Outra escreveu que o templo religioso não tinha um “pastor”, mas sim um “coach de fé”. Termos como “linkedização”, “igreja de rico” e “startupização” também foram citados.
Em uma live, o pastor da igreja, Eduardo Reis, disse que as críticas tratam-se de “bullying religioso recreativo, só pelo prazer de zombar da religião alheia”. O pastor disse ainda que não tem nada de errado em usar palavras em inglês e que muitos brasileiros usam roupas e consomem mídias em inglês, tornando natural a escolha.
— A pessoa tem que ser muito ignorante ou maldosa e estar apenas tendo o prazer do escarnio, zombaria da manifestação da fé dos outros — disse o pastor.
Em relação ao estilo moderno e neutro usado pela igreja, Reis afirmou que trata-se da expressão de identidade de fé da instituição. Ele chegou a dizer ainda que enquanto na Assembleia de Deus as pessoas precisam usar terno, um tipo de roupa considerado mais caro, na Reino Church o estilo era mais minimalista.
Por fim, o pastor rebateu os comentários sobre a igreja ser de maioria de pessoas “brancas” e “ricas”.
— Não é igreja de brancos, apesar de estar no estado de maioria branca. (Aqui tem) todas as classes sociais e etnia, e todos são tratados de forma igualitária — defendeu Reis.
Fonte: O Globo