Idoso levado a banco é enterrado; família conseguiu sepultamento gratuito

Paulo Roberto Braga teve a morte constatada na última terça-feira (16/4), após ser levado a uma agência bancária de Bangu por Erika de Souza Vieira Nunes -  (crédito: Reprodução/Redes sociais)
Paulo Roberto Braga teve a morte constatada na última terça-feira (16/4), após ser levado a uma agência bancária de Bangu por Erika de Souza Vieira Nunes - (crédito: Reprodução/Redes sociais)

O corpo de Paulo Roberto Braga, 68 anos, foi enterrado na manhã deste sábado (20/4), no cemitério de Campo Grande, no Rio de Janeiro. A família do idoso conseguiu o sepultamento gratuito por meio de benefício da Prefeitura do Rio. Paulo teve a morte constatada na última terça-feira (16/4), após ser levado a uma agência bancária de Bangu por Erika de Souza Vieira Nunes. 

A mulher está presa por suspeita de tentativa de furto mediante fraude ao tentar sacar R$ 17 mil em nome de Paulo. Érika também pode responder por vilipêndio de cadáver. Segundo laudo do Instituto Médico Legal (IML), Paulo apresentava sinais de subnutrição antes de morrer. A causa da morte foi broncoaspiração do conteúdo estomacal e falência cardíaca. 

De acordo com o Portal G1, a advogada de Érika esteve presente no enterro de Paulo Roberto e afirmou que a cliente foi agredida no Presídio de Benfica. “Erika sofreu represálias dentro da prisão. Ela me relatou que assim que ela chegou a Benfica, jogaram água e comida nela”, disse Ana Carla de Souza Corrêa ao portal.

Relembre o caso

Érika de Souza Vieira Nunes, levou Paulo em uma cadeira de rodas para uma agência bancária, na tentativa de sacar um empréstimo de R$ 17 mil. No vídeo que circulou e viralizou nas redes sociais é possível ver que Érika ficou a todo momento tentando manter a cabeça do idoso reta, enquanto falava com ele. 

A atitude da mulher chamou a atenção de funcionários da agência bancária, que decidiram filmar a ação enquanto aguardavam a chegada da polícia. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) também foi chamado e constatou que Paulo Roberto Braga, de 68 anos, estava morto há algumas horas.

Em depoimento à polícia, Érika afirmou que o homem de 68 anos estava vivo ao chegar no local. Segundo ela, os dois foram ao banco para retirar um empréstimo de R$ 17 mil, solicitado por ele em março. A vontade dele, segundo a mulher, era comprar uma TV e fazer uma obra com o valor.

No entanto, a Polícia Civil afirmou que os sinais encontrados no corpo do idoso Paulo Roberto Braga contradizem com a versão da defesa da sobrinha Erika de Souza Vieira Nunes, de 42 anos, de que o idoso morreu na agência bancária.

Livores cadavéricos indicam que Paulo não teria morrido sentado. Livores são acúmulos de sangue decorrentes da interrupção da circulação que, no caso dele, se acumularam na nuca, indicando que ele deve ter ido a óbito deitado.

Fonte: Correio Braziliense

© 2024 Blog do Marcos Dantas. Todos os direitos reservados.
Proibida a reprodução total ou parcial do conteúdo deste site sem prévia autorização.