Hospital Giselda Trigueiro suspende atendimento por falta de pessoal para limpeza

O Hospital Giselda Trigueiro, referência em doenças infectocontagiosas, deixou de atender novos pacientes desde o meio-dia de segunda-feira (5) porque não tem pessoal para trabalhar na limpeza. O problema se arrasta desde julho deste ano, quando o contrato com a empresa que fornecia mão-de-obra para esse área chegou ao fim. O setor de urgência e 26 leitos foram fechados. Para o diretor técnico, André Prudente, o colapso na higienização tem relação com o maior tempo de recuperação dos pacientes e também com o aumento das mortes no hospital.

Até julho, o hospital tinha 19 pessoas responsáveis pela limpeza diária. Nos primeiros meses do ano, o índice médio de mortalidade do hospital era de 8% dos pacientes. Se considerarmos a lotação máxima do hospital, 115 leitos, esse percentual representa nove mortes por mês. Depois de quatro meses de higienização mal feita, com o máximo de cinco profissionais por dia, o índice de mortalidade aumentou para 12% em novembro.

Mesmo aqueles que sobrevivem ao internamento são afetados pela sujeira. Em novembro, os pacientes precisaram, em média, de cinco dias a mais para se recuperar comparado-se com aqueles que passaram pela unidade hospitalar em julho deste ano. O tempo de permanência aumentou de 13, no sétimo mês do ano, para 18 dias no mês passado.

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