Empresário Bruno Lopez de Moura está preso em São Paulo desde terça-feira (14), sob suspeita de manipular resultados da Série B do Campeonato Brasileiro.
A prisão é temporária, tem prazo de cinco dias e vence no domingo (19). Pode ser renovada ou revogada a depender do andamento da investigação nos próximos dias.
Ele é um dos investigados da Operação Penalidade Máxima, que foi deflagrada nesta semana pelo Ministério Público de Goiás. É a única pessoa presa neste caso. Os demais envolvidos seguem em liberdade, apesar de terem sido alvos de nove mandados de busca e apreensão em cinco estados do Brasil.
Procurada pelo UOL, a defesa de Lopez de Moura reforça que ele está sendo investigado, mas ainda não pesa qualquer acusação sobre ele.
O que aconteceu
O MP-GO suspeita que houve fraude em jogos da Série B de 2022, em benefício de apostas esportivas. Segundo a investigação, Bruno Lopez de Moura teria sido o responsável por procurar um jogador do Vila Nova e pagar um adiantamento de R$ 10 mil para que houvesse um pênalti no primeiro tempo do jogo contra o Sport, na última rodada.
As provas sugerem tentativa de manipulação também de outras partidas, segundo a investigação. Em Criciúma 2 x 0 Tombense e Sampaio Corrêa 2 x 1 Londrina, por exemplo, também haveria um acerto para um pênalti cometido no primeiro tempo. Ainda há suspeita de acerto de resultados nos Estaduais deste ano.
Como funcionava o esquema
Apostadores teriam pagado jogadores para exercer algumas ações específicas em campo, de acordo com o MP-GO, como cometer um pênalti ou tomar um cartão amarelo. Uma vez consumada esta ação, todos repartiam os prêmios.
O inquérito investiga quatro crimes: corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e associação criminosa.
Do Uol