Homem é inocentado após passar 20 anos no corredor da morte nos EUA

Decisão foi proferida pelo Tribunal de Apelações Criminais do Texas
Decisão foi proferida pelo Tribunal de Apelações Criminais do Texas — Foto: Pixabay

Um homem acusado de ter cometido um homicídio em 1977 e que passou quase 20 anos no corredor da morte foi inocentado pelo Tribunal de Apelações Criminais do Texas — um dos 27 estados americanos onde a pena de morte é constitucional.

Kerry Max Cook, hoje com 68 anos, havia sido acusado pelo estupro, assassinato e mutilação de Linda Jo Edwards, de 21 anos, em Tyler, no Texas. À época do crime, Cook morava no mesmo complexo de apartamentos que a vítima, e impressões digitais encontradas na porta de Linda coincidiram com as do acusado.

O homem foi condenado à morte em 1979, mas a sentença foi posteriormente anulada. No segundo julgamento, em 1992, não houve um veredito unânime. A terceira análise do caso ocorreu em 1994, quando mais uma vez Cook foi condenado à morte. Esse veredito, porém, foi anulado em 1996 pelo Tribunal de Apelações Criminais do Texas, que enxergou má conduta por parte da polícia e dos promotores.

Ao longo da análise do caso, um preso do condado de Smith afirmou que Cook havia confessado o crime a ele, mas depois esse homem admitiu que mentiu em troca de uma redução de pena. Especialistas declararam que as impressões digitais encontradas na cena do crime não eram recentes e, em 1999, testes de laboratório indicaram que os vestígios de DNA encontrados nas roupas íntimas de Edwards não coincidiam com os de Cook.

Cook foi condenado em 1999 a cumprir 20 anos de prisão e, como já havia cumprido esse tempo de encarceramento, acabou solto. Sua condenação, porém, não havia sido retirada até agora.

“Este caso está repleto de alegações de má conduta do Estado que justificam a anulação da condenação do requerente,” escreveu o juiz Bert Richardson na decisão proferida na última quarta-feira. O magistrado afirmou que provas favoráveis a Cook foram ocultadas e que algumas das evidências apresentadas em seu primeiro julgamento depois se revelaram ser falsas.

Fonte: O Globo

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