Há “consenso” sobre principais pontos do Perse, diz Haddad

Haddad
Haddad (foto) disse que a votação do PL do Perse na 3ª feira (23.abr) dependerá de conversa entre os deputados durante almoço na residência oficial da presidência da Câmara, às 12h

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta 2ª feira (22.abr.2024) haver “consenso” entre os líderes da Câmara sobre os principais pontos do projeto de lei que reformula o Perse (Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos). Em entrevista a jornalistas, disse que a votação na 3ª feira (23.abr) dependerá de conversa entre os deputados durante almoço na residência oficial da presidência da Câmara, às 12h.

Haddad disse ter a intenção em participar do encontro e brincou com um comentário que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez na manhã desta 2ª feira (22.abr): “Eu esqueci meus livros em São Paulo e estou liberado”, disse.

Mais cedo, Lula havia dito que espera maior diálogo com o Congresso Nacional por parte do seu governo e se referiu a Haddad em tom de cobrança. Eis a declaração do petista:

“Isso significa que o Alckmin tem que ser mais ágil, tem que conversar mais. O Haddad tem que, em vez de ler um livro, perder algumas horas conversando no Senado, na Câmara. É difícil, mas a gente não pode reclamar porque a política é exatamente assim. Ou você faz assim ou não entra para a política.”

O ministro da Fazenda também criticou o formato atual do Perse e disse que o programa “não funciona” dessa forma. “Não é para isso que o Perse deveria servir. Abrir as portas para o crime organizado”, declarou.

Haddad voltou a dizer ter acionado a PF (Polícia Federal) e o Judiciário sobre irregularidades relacionadas ao programa, que concede benefícios ao setor de eventos, como renúncias fiscais.

“Vocês sabem que nós desbaratamos uma quadrilha que estava usurpando o Perse na casa de R$ 1 bilhão”, afirmou.

A relatora do projeto do novo Perse na Câmara, deputada Renata Abreu (Podemos-SP), estabeleceu que o impacto fiscal do programa atinja até R$ 15 bilhões de 2024 a 2026 –ou R$ 5 bilhões anuais.

O Ministério da Fazenda já havia sinalizado disposição para contemplar esses valores.

Fonte: Poder360

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