Grupo de paleontólogos encontra esqueleto completo de uma preguiça que viveu cerca de 50 mil anos

Investigadores trabalharam duro no local para encontrar a preguiça
Investigadores trabalharam duro no local para encontrar a preguiça — Foto: reprodução

Uma preguiça gigante foi encontrada no Parque Industrial de Mar del Plata. Seus restos fósseis já foram removidos e confirmados pela equipe de paleontólogos do Museu Municipal de Ciências Naturais Lorenzo Scaglia, na Argentina. Agora, o esqueleto completo será exibido no hall do Museu. Segundo detalharam os pesquisadores, trata-se de um animal que viveu há cerca de 50 mil anos e que pesava entre 750 e 850 quilos.

A descoberta ocorreu em 4 de março, quando a Obras Sanitárias estava realizando trabalhos no terreno industrial da Rota 88. Foi durante uma escavação que encontraram os restos e imediatamente deram aviso à equipe de paleontólogos do museu.

Num primeiro momento, especialistas puderam confirmar que se tratava dos restos da pelve ou quadril. Em seguida, encontraram o fêmur, com dois ossos perfeitamente articulados, que foi um grande indício para encontrar grande parte do esqueleto.

Os pesquisadores usaram uma retroescavadora para ampliar os limites da escavação e assim poder sondar e delimitar o esqueleto. Dessa forma, a equipe de paleontólogos encontrou o crânio do animal, que possibilitou determinar o extremo anterior e posterior.

Segundo publicou o La Capital, Matías Taglioretti, membro da equipe de pesquisa e curador da coleção do museu, afirmou: “Embora o esqueleto esteja bastante completo, o estado de conservação não é bom, razão pela qual se determinou que o material seja recuperado em uma única peça”.

E detalhou: “Rapidamente foi feita uma moldagem em gesso, que tem como função protegê-lo dos trabalhos de extração e durante o transporte da peça para o museu. Foram utilizados 220 quilos de gesso para fazer uma proteção que, somada ao esqueleto e ao sedimento, resultou em um bloco de 950 quilos”.

“Em particular, este Celidotherium morreu enterrado em sedimentos de um antigo solo inundado há cerca de 30.000 a 50.000 anos. Dada a completude do material e a forma como o esqueleto se articula, é uma peça que ficará em exposição permanente no museu”, disse Taglioretti.

E indicou: “Os trabalhos de preparação serão realizados diretamente no salão central, uma vez que o tamanho e o peso do bloco não permitem sua entrada no laboratório de Paleontologia”. Além disso, adiantou que os visitantes do museu Scaglia poderão ver o esqueleto tal como foi encontrado.

Por sua vez, o Município lembrou que os fósseis são materiais do patrimônio natural e cultural, incluídos na Lei Nacional 25.743 de Proteção do Patrimônio Arqueológico e Paleontológico. Por este motivo, a sua descoberta deve ser comunicada às autoridades provinciais ou municipais competentes e o seu resgate deve ser realizado por profissionais qualificados.

Fonte: O Globo

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