Governo anuncia mutirão para quem perdeu documento por chuvas no RS

Moradores usam barcos para sair de regiões inundadas em Canoas, no Rio Grande do Sul
Caixa fala em processo simplificado para empréstimos e recebimento de benefícios; na imagem, moradores usam barcos para sair de regiões inundadas em Canoas (RS)

O governo federal tem planos de fazer uma ação em massa para emitir documentos perdidos pelas pessoas afetadas pela calamidade do Rio Grande do Sul. A ação foi anunciada nesta 5ª feira (9.mai.2024) pelo ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira

“Na zona rural, vamos fazer um mutirão para recuperar a documentação daqueles que perderam durante as enchentes”, declarou o ministro em entrevista a jornalistas. Ele não deu mais detalhes sobre o assunto.

 

Ministros de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciaram nesta 5ª feira (9.mai) uma série de ações que visam a ajudar o Estado financeiramente. Muitas delas incluem medidas de crédito e regimes específicos para o pagamento de impostos. 

Segundo o governo, haverá métodos de simplificação para que as pessoas que perderam seus documentos e bens bancários tenham acesso a tudo que foi proposto. 

No caso da Caixa, espera-se que os clientes com a biometria cadastrada consigam pegar os empréstimos e receber os benefícios sem que haja a documentação. 

“Pela biometria e pelo reconhecimento facial, faremos todos esses procedimentos de auxílio […] Então parte muito representativa da população já tem essa biometria estabelecida na Caixa”, disse o presidente do banco, Carlos Vieira

Para quem não têm esses cadastros, Vieira falou que haverá uma simplificação do processo com os cadastros governamentais da internet. 

Assista à entrevista aos jornalistas (30min55s):

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou nesta 5ª feira (9.mai) um pacote de novas medidas de ajuda ao Rio Grande do Sul que somam R$ 50,9 bilhões. Os recursos atenderão a 3,5 milhões de pessoas prejudicadas pelas fortes chuvas e enchentes que assolam o Estado.

Leia abaixo as principais propostas apresentadas:

A ideia é antecipar o pagamento do benefício de 2024 para os moradores do Estado. Assim, eles receberão o dinheiro ainda em maio. Haddad diz que 705 mil trabalhadores podem ser beneficiados. O impacto fiscal é de R$ 758 milhões.

A Fazenda diz que vai liberar duas parcelas do fundo para os desempregados que já recebiam o dinheiro antes do decreto de calamidade. Afetaria 140 mil pessoas com impacto de R$ 495 milhões.

A ideia é dar prioridade para que os declarantes do Rio Grande do Sul tenham acesso ao pagamento. Deve ser realizado em junho, com impacto de R$ 1 bilhão.

Ambos os pagamentos referentes ao mês de maio serão antecipados. Espera-se que 583 mil famílias tenham acesso. O impacto é de R$ 380 milhões

O governo quer liberar R$ 200 milhões de aporte para fundos de estruturação de projetos a partir de junho. O dinheiro virá de bancos públicos –não foram ditos quais. A apresentação diz que o objetivo é “apoiar e financiar rede de estruturadores de projetos de reconstrução de infraestrutura e reequilíbrio econômico”.

A Fazenda fala em construir uma “força-tarefa” para “acelerar a análise de crédito com aval da União para municípios”. Serão beneficiados 14 municípios com operações de empréstimos em maio. O impacto é de R$ 1,8 bilhão.

Espera-se um aporte de R$ 4,5 bilhões do FGO (Fundo de Garantia de Operações) para que se chegue a R$ 30 bilhões de alavancagem pelo Pronampe (Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte). Deve beneficiar os pequenos negócios a partir de maio.

Ainda pelo Pronampe, o governo quer dar mais R$ 1 bilhão em desconto nos juros de créditos adquiridos pelo programa. Com o aporte, espera-se que o desconto total, incluindo o que já havia concedido, chegue a R$ 2,5 bilhões

O recolhimento dos impostos do regime tributário serão suspensos por 3 meses, no mínimo. Isso inclui os MEIs (microempreendedores individuais). O impacto é de R$ 4,8 bilhões. Deve beneficiar 203 mil empresas. 

Os empresários desse ramo não precisarão apresentar certidão negativa de débito para contratações e renegociações de crédito com bancos públicos. Valerá de maio a novembro.

A Fazenda quer ofertar o desconto para os pequenos produtores rurais inscritos no Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) e Pronamp (Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural).

Eis os detalhes dos prazos:

Fonte: Poder360

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