Gol suspende transporte de animais em porão de aeronaves após morte de cachorro

Joca, um golden retriever de cinco anos, ficou cerca de uma hora e meia esperando sob sol na pista de aeroporto
Joca, um golden retriever de cinco anos, ficou cerca de uma hora e meia esperando sob sol na pista de aeroporto — Foto: Reprodução/Instagram

A Gol Linhas Aéreas suspendeu por um mês o transporte de cães no porão das aeronaves, após a morte do cachorro Joca, que deveria ter sido transportado de Guarulhos (SP) para Sinop (MT) nesta segunda-feira (22), mas acabou sendo mandado para Fortaleza (CE) por um erro da Gollog, empresa da companhia Gol.

Em nota, a companhia informou que “para se dedicar totalmente ao processo de investigação deste evento”, fica suspenso a partir desta quarta-feira (24), até 23 de maio, a venda do serviço de transporte de cães e gatos pela Gollog Animais e pelo produto Dog&Cat + Espaço para o porão. A Gol explicou que quem contratou o serviço para este período terão o dinheiro devolvido, ou o serviço poderá ser postergado até o fim do ano.

Ficou mantido apenas o serviço Dog&Cat Cabine, para os clientes que levam seus pets na cabine do avião. A empresa só permite que viagem na cabine, junto com os tutores, os cães e gatos de até 10 quilos.

A Polícia Civil de São Paulo instaurou um inquérito para investigar as circunstâncias da morte de Joca. A viagem, que deveria levar até duas horas e meia, demorou quase oito horas. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), o caso será investigado pela Delegacia do Meio Ambiente em Guarulhos. A mãe do tutor de Joca prestou depoimento na tarde desta terça-feira (23). O corpo do animal foi encaminhado a um hospital veterinário, onde foi submetido a exames de necropsia. Os laudos, assim que finalizados, serão analisados pelos investigadores.

Joca era um golden retriever saudável de cinco anos. Em entrevista à TV Globo, o tutor do animal, João Fantazzini, contou que tinha atestado de um veterinário indicando que o cão suportaria uma viagem de duas horas e meia, como era esperado. João estava se mudando para o Mato Grosso e embarcou para Sinop com o intuito de chegar à cidade no mesmo horário que o cachorro. Ao desembarcar, porém, foi alertado de que o animal havia sido mandado para Fortaleza em decorrência de uma falha.

A João foi oferecido um voo de volta a São Paulo, para onde Joca retornaria. O golden retriever, segundo relato da família, ficou cerca de uma hora e meia aguardando sob o sol na pista do aeroporto de Fortaleza, impedido de sair da caixa onde viajou e sem comer ou beber. João encontrou Joca sem vida, ainda dentro do canil onde deveria ter sido transportado para Sinop. De volta ao Aeroporto de Guarulhos, João disse que foi alertado por uma funcionária da Gol que Joca “não se sentiu bem no voo” e que um veterinário havia sido acionado.

Fonte: O Globo

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