As investigações sobre o paradeiro de Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça, os dois fugitivos da Penitenciária Federal Mossoró (RN), uma unidade prisional de segurança máxima, completam um mês nesta quinta-feira. Ainda sem pistas concretas sobre o paradeiro da dupla, os investigadores já prenderam seis pessoas por suspeita de facilitar a fuga dos criminosos.
O último detido pelos investigadores é um homem de Fortaleza, capital do Ceará. A PF não especificou qual seria a ajuda que o suspeito teria dado aos detentos. A prisão ocorreu em cumprimento a um mandado de prisão preventiva expedido pela 8ª Vara Federal de Mossoró.
Antes dele, a força-tarefa criada para recapturar a dupla de fugitivos também prendeu o mecânico Ronaildo da Silva Fernandes, de 38 anos. Ele é o dono de um sítio que abrigou por oito dias os dois fugitivos.
Os investigadores apontam que Fernandes recebeu R$ 5 mil para dar auxílio aos foragidos. Ele teria fornecido à dupla uma cabana em sua propriedade na zona rural de Baraúna (RN), que fica a cerca de 30 quilômetros da penitenciária federal na divisa entre Rio Grande do Norte e Ceará. Nesse local, eles dormiram, se alimentaram e cavaram buracos para não serem vistos pelos helicópteros nem pelos drones com sensores de temperatura.
Fernandes chegou a procurar a polícia para dizer que foi ameaçado pelos dois fugitivos. Ele prestou depoimentos na última sexta e sábado. A PF, no entanto, identificou inconsistências nos relatos e pediu um mandado de prisão contra ele, que foi deferido pela Justiça Federal do Rio Grande do Norte nesta segunda-feira.
Outros duas pessoas foram presas em flagrante no dia 22 de fevereiro durante abordagem da PF. Oss investigadores encontraram armas ilegais e uma quantidade de drogas. Um terceiro foi preso na véspera, dia 21, porque havia um mandado de prisão preventiva emitido pela Justiça.
O primeiro preso por suspeita de ajudar os foragidos foi Johnney Weyd Nascimento da Silva, irmão de Deibson Cabral Nascimento. Contra ele havia um mandado de prisão em aberto pelos crimes de roubo e formação de quadrilha.
Fonte: O Globo