A força-tarefa que procura pelos dois fugitivos do presídio federal de Mossoró (RN) faz um novo cerco a uma fazenda na cidade de Baraúna neste domingo. A informação é da TV Globo.
Nesta madrugada testemunhas disseram que a dupla foi vista furtando alimentos em galpões agrícolas da região. A perseguição dura quase vinte dias.
A preocupação dos policiais é que escureça antes de encontrarem os alvos. Cerca de 100 policiais da Força Nacional de Segurança, além de 500 das polícias Federal, Rodoviária Federal, Militar e Civil, participam da operação.
Os agentes, a maioria com especialização em buscas em áreas de caatinga (com vegetação seca e densa), vestem roupas camufladas para poder se embrenhar na mata. Há expectativas de que os investigadores estejam perto de encontrar os fugitivos.
O serviço de inteligência da força-tarefa disse à TV Globo que a dupla está num raio de menos de cinco quilômetros do local da operação.
É o terceiro dia de buscas nessa região. Na quinta-feira, às 13h45, os fugitivos foram vistos numa plantação de banana, numa fazenda próxima.
Investigadores acreditam que os dois fugitivos da penitenciária federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, podem estar armados com fuzil. Agentes localizaram munição em um esconderijo no sítio de Ronaildo Fernandes, local em que os dois detentos ficaram por quase oito dias.
Segundo os investigadores, o material estava em um buraco em que a dupla cavou para se esconder dos sensores de calor dos drones usados pela polícia. Os dois fugitivos foram vistos pela última vez na tarde desta quinta-feira.
Os foragidos foram identificados como Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça, ambos naturais do Acre. A dupla teria fugido durante o banho de sol, por uma abertura no teto da cela. Deibson, também conhecido como “Tatu” ou “Deisinho”, aparece em 34 processos na Justiça do Acre. Ele responde por crimes como formação de quadrilha, tráfico de drogas e roubo. Rogério responde processos pelos crimes de homicídio qualificado, roubo e violência doméstica.
Os dois haviam sido transferidos para Mossoró em 27 de setembro de 2023. Eles deveriam ficar na unidade prisional até o dia 25 de setembro de 2025. A penitenciária fica em Mossoró, localizada a 277 quilômetros da capital Natal, e foi inaugurada em 3 de julho de 2009. Projetada para receber até 208 presos, o local é uma reprodução do modelo de unidades de segurança máxima norte-americanas, conhecidas como “Supermax”, conforme descrição do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Os dois criminosos que fugiram da Penitenciária Federal de Mossoró (RN) no último dia 14 podem ter recebido ajuda de alguém do presídio para realizar a fuga. É o que revela investigação da Polícia Federal (PF), que expõe quatro indícios de que ocorreram os crimes de facilitação de fuga, além de dano qualificado.
Fonte: O Globo