Folha destaca que pescadores veem renda cair e vírus se espalhar em periferias de Natal

A residência do pescador José Celestino Pereira, 53, vai de uma viela a outra, espremida entre a linha do trem e o rio Potengi, na comunidade Passo da Pátria, em Natal. A Folha de S. Paulo destacou o foco. Colada com as casas vizinhas, não há nenhuma janela nas paredes. Os quatro pequenos cômodos que abrigam o pescador, esposa e quatro filhos praticamente não têm circulação de ar. E a casa é uma das maiores da comunidade que nasceu sobre o mangue e não tem espaço para isolamento social. Na área, cerca de 1.200 famílias se amontoam em pequenas estruturas de alvenaria.Sem proteção —poucos têm acesso a álcool gel e máscara—, os moradores sentem os efeitos da pandemia. A poucos metros da casa do pescador, o posto de saúde da comunidade de Potengi teve uma morte registrada no dia 26 de maio. O paciente morreu em consequência da doença sem nem chegar a ser internado.

O Rio Grande do Norte teve até está segunda (6) mais de 35 mil casos confirmados da doença, com 1.254 mortes. Natal concentra quase a metade dos óbitos. A capital do estado registra uma ocupação de 100% dos leitos da rede estadual há pelo menos um mês. Ela e outras 12 capitais brasileiras preocupam pela alta ocupação de leitos de UTI para pacientes no estado mais grave da doença Sem vacinas ou medicamentos, medidas comportamentais como higiene respiratória e distanciamento são as únicas alternativas para conter o contágio da Covid-19.

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