Maior investigação contra corrupção da história do Brasil, a Operação Lava Jato foi deflagrada há três anos e meio e seus desdobramentos aparecem ainda hoje todos os dias no noticiário. Após mandar para a cadeia empresários e políticos, a investigação acabou virando ela própria uma estrela e chega nesta quinta (7) aos cinemas com o filme “Polícia Federal – A Lei É para Todos”, em cartaz em 737 salas.
Dirigido por Marcelo Antunez, de “Até que a Sorte nos Separe 3: A Falência Final” (2015), o longa mostra os bastidores da operação policial até março do ano passado. De maneira didática, a produção detalha que a corrupção chegou ao Brasil com a corte portuguesa e tenta provar que a Operação Lava Jato não defende interesses políticos.
Para entreter o público, o filme aposta em cenas de ação. Logo no início, uma força-tarefa para prender o doleiro Alberto Youssef chama a atenção. “Aquilo não existiu daquela forma, ele não tentou fugir”, conta Marcelo Antunez. “É um filme de ficção, não é um documentário”, completa o diretor, que se baseou em um livro homônimo. Ele garante ter se mantido fiel aos fatos “mais importantes”.
Para a surpresa de muitos, a participação do juiz Sergio Moro, interpretado por Marcelo Serrado, é pequena. “É que, na fase de investigação, a participação de qualquer juiz é pontual”, explica Antunez.
Sem Moro no caminho, assumem o protagonismo da história os delegados fictícios à frente da investigação: Ivan Romano (Antonio Calloni), Julio Cesar (Bruce Gomlevsky) e Beatriz (Flávia Alessandra).
Quem também ganha destaque é o ex-presidente Lula. Na pele de Ary Fontoura, o petista surge ameaçador e chega a dizer que lembrará dos rostos dos delegados quando for presidente outra vez. Dilma Rousseff também aparece, mas como ela mesma, em trechos de pronunciamentos na TV. No fim, a novidade: “Polícia Federal – A Lei É para Todos 2” vem aí.