Filhote de naja desaparece no Butantan; instituto investiga

Imagem de uma das najas pertencentes ao Laboratório de Herpetologia que chegaram no Instituto Butantan no ano de 2016 -  (crédito: Reprodução/Instituto Butantan)
Imagem de uma das najas pertencentes ao Laboratório de Herpetologia que chegaram no Instituto Butantan no ano de 2016 - (crédito: Reprodução/Instituto Butantan)

Um filhote de cobra naja desapareceu do Instituto Butantan, em São Paulo, há cerca de três semanas. O caso é investigado e não há informações sobre o paradeiro da serpente.

Ao g1, o diretor-cultural do instituto, Giuseppe Puorto, informou que não foram encontrados registros do animal nem do lado de fora ou no corredor do laboratório.

De acordo com Puorto, o fato do animal não ter sido visto em local algum indica que ele poderia estar no ralo. Para ele, isso significa que ele pode ter morrido dentro do ralo ou acessado a parte de fora do Instituto.

Caso tenha ocorrido a segunda opção, ele avalia que não há riscos para a população, uma vez que existem predadores naturais dentro do próprio parque do Butantan.

“Quem pode comer cobra? Nós temos corujas, gaviões que vivem por aqui. Nós temos gamba comedor de cobra venenosa. E teiú, um lagarto, que tem vários aqui. Ou seja, do ponto de vista de segurança, nós podemos ficar tranquilos”, afirmou o pesquisador.

Além disso, o Instituto apontou que tem soro contra o veneno de Naja, em caso de eventuais picadas.

O Correio tenta contato com o Instituto Butantan para mais informações sobre o caso e questionou a instituição se existe alguma relação entre o filhote desaparecido e a famosa “Naja de Brasília”. O texto será atualizado mediante retorno. 

Naja de Brasília

Moradores do DF conhecem bem o Instituto Butantan porque ele é casa da famosa Naja de Brasília, que recebeu o nome de Nadja. A serpente vive atualmente no Museu Biológico da instituição e pode receber visitas diárias no local.

O caso do animal ficou muito famoso nacionalmente. Em 2020, após um estudante ser picado pela cobra e ficar em coma, foi revelado todo um esquema de tráfico de animais em Brasília. Pedro Henrique Krambeck Lehmkuhl e mais três pessoas — a mãe, o padrasto e um amigo — foram indiciadas pelo crime.

Após ser picado pela cobra, o estudante ficou cinco dias internado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O animal foi abandonado perto de um shopping, no Lago Sul. Ao ser recuperado, ele ficou aos cuidados do Zoológico de Brasília e depois foi levado para o Instituto Butantan.

Em 5 de maio de 2023, os envolvidos no esquema de tráfico de animais silvestres foram condenados pela Justiça, com base na denúncia do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT).

Contudo, em 29 do mesmo mês, o MPDFT e os réus entraram com recurso no processo. O Ministério pedia uma sentença maior, enquanto a defesa dos condenados tentavam diminuir, ainda mais, os efeitos da decisão da 1ª Vara Criminal do Gama.

Os recursos ainda não foram julgados.

Fonte: Correio Braziliense

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