O filho do cadeirante espancado por policiais militares da Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas (Rocam) em Piracicaba, nesta segunda-feira, prestou depoimento na delegacia e não quis registrar denúncia contra os agentes. O delegado, porém, aceitou o registro do boletim de ocorrência, que o acusa de resistência e desacato. Imagens que circulam nas redes sociais mostram quando os PMs discutem com os moradores e, após um dos policiais ser empurrado, ele dá um chute no peito do cadeirante e depois empurra um armário contra o homem. O GLOBO apurou que a família teme represália e estuda pedir medida protetiva.
A confusão começou supostamente a partir do momento em que o jovem percebeu uma primeira abordagem da Rocam na frente de sua casa, tendo com o alvo um de seus amigos. Após se aproximar para entender o que ocorria, a Polícia solicitou que ele deixasse o local, no entanto, com alegação da rua ser um local público, o jovem não saiu. Os policiais foram afastados e um inquérito foi instaurado para apurar a conduta dos militares que agiram na ação.
Após a invasão da polícia à casa da família na tentativa de encontrar o jovem que havia fugido de prévias agressões ocorridas na rua, o pai do rapaz, que é cadeirante, pede que os PMs parem e questiona o motivo da abordagem. Não há detalhes sobre possíveis ferimentos sofridos pelas vítimas.
Procurada pelo GLOBO, a corporação não se manifestou até a publicação desta reportagem. Já a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo confirma que o morador que aparece nas imagens foi levado para delegacia, prestou depoimento com advogado e foi liberado sem registrar denúncia.
Fonte: O Globo