Fazenda admite discutir MP do PIS/Cofins com o Congresso

Da esquerda para a direita: Dario Durigan, Roberto Campos Neto, Aloizio Mercadante e André Esteves durante painel no fórum do Grupo Esfera
Da esquerda para a direita: Dario Durigan, Roberto Campos Neto, Aloizio Mercadante e André Esteves durante painel no fórum do Grupo Esfera

O secretário-executivo da Fazenda, Dario Durigan, disse que o ministério está aberto a debater com o mercado e o Congresso a MP (Medida Provisória) 1.227 de 2024 –apresentada para aumentar a arrecadação ao limitar a compensação de créditos do PIS/Cofins. A medida, disse, é parte de um projeto de reequilíbrio fiscal.

“​​É preciso compreender, e eu entendo, que essa medida provisória é dura, e estamos amplamente abertos a discutir com o setor, com o Congresso“, disse Durigan no sábado (8.jun.2024) durante o Fórum do Grupo Esfera.

Assista (1min56s):

Apesar da disposição demonstrada pelo número 2 da pasta, o Poder360 consultou 4 ministros do governo Lula sobre a chance de a medida ser aprovada como está. Todos dizem ser impossível. Alguns temem que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), acelere a votação e dê mais uma derrota a Lula.

Parte do Congresso ficou insatisfeita de não ter participado da elaboração da medida que serve para compensar a desoneração de 17 setores da economia e municípios com menos de 156 mil habitantes.

O STF deu 60 dias para o Executivo e o Legislativo aprovarem uma medida para arrecadar os R$ 26,3 bilhões que a desoneração custa por ano.

O ministro Fernando Haddad (Fazenda) fez todo o planejamento da MP por conta própria. Não convidou outros ministros. É considerado centralizador dentro do governo.

Empresários subiram o tom com o governo no sábado (8.jun), durante o Fórum Anual do Grupo Esfera.

Rubens Ometto, da Cosan, disse que Lula desrespeita a lei com impostos. Para o advogado Luiz Bichara, a MP é uma “pedalada“, em referência às operações contábeis que levaram ao impeachment de Dilma Rousseff (PT) em 2016.

Para André Esteves, do BTG, chegou ao limite o aumento da carga tributária. Nesta 2ª feira (10.jun), integrantes da Abrasca, que representa empresas de capital aberto, vão se reunir com Haddad para discutir a medida.

Apoiadores do presidente Lula saíram em sua defesa. O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, afirmou que há empresários que “precisam descer do palanque“. Alexandre Silveira, ministro do MME, disse que o liberalismo “não resolve todas as áreas“.

Esta é a 3ª edição do Fórum Anual do Grupo Esfera. O grupo foi fundado em 2021 pelo empresário João Camargo, atual chairman da CNN Brasil. A CEO é Camila Funaro Camargo, sua filha. Ela organizou a 1ª edição, em novembro de 2022, a 2ª, em agosto de 2023, e a 3ª, em junho de 2024.

6ª feira (7.jun.2024)

“Inovação e reforma tributária na Saúde: Uma indústria mais inteligente”, às 15h30:

“Rede digital e varejo”, às 16h:

“Os fundos para o desenvolvimento do Brasil”, às 16h55:

“Mudanças e transformações: construindo um futuro mais seguro”, às 17h25:

Sábado (8.jun.2024)

“Visões gerais da nação”, às 9h30:

“Infraestrutura: alicerces para o crescimento”, às 9h55:

“O potencial da IA na era da tecnologia”, às 10h40: 

“O Brasil na liderança da sustentabilidade global”, às 11h25: 

“Da teoria à prática: soluções em segurança pública”, às 12h10: 

“O futuro da economia do Brasil”, às 13h: 

O profissional viajou a convite do Grupo Esfera.

Fonte: Poder360

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