Familiares denunciam série de constrangimentos enfrentados por paciente de 60 anos de idade no Hospital Regional de Caicó

Familiares de Maria da Paz Gomes procuraram o Blog do Marcos Dantas para relatar situações, consideradas por eles como constrangedoras, enfrentadas no Hospital Regional Telecila Freitas Fontes, em Caicó.

Dona Maria tem 60 anos de idade e há 39 dias deu entrada na urgência do Hospital com um quadro de paciente infartada, com febre, dor e cansaço, e até hoje permanece em observação médica.

De acordo com Maria Santana dos Santos, nora da paciente a primeira situação constrangedora enfrentada pela família de Dona Maria aconteceu logo na marcação de um cateterismo que seria realizado no Hospital Incor em Natal.

Apesar do médico que atendeu Dona Maria ter garantido que a mesma estava com todas as condições de viajar a Natal, teve que retornar sem fazer o cateterismo já que o médico que a atendeu no Hospital Incor atestou que a mesma não tinha a menor condição de se submeter ao procedimento naquele dia, e não iria colocar a vida da paciente em risco.

Ela passou mal duas vezes durante a viagem, a ambulância toda despreparada, ela estava na sala vermelha, o cilindro de oxigênio quase seco. Chegando no Incor o médico de lá disse que ela não tinha condições nenhuma de realizar o procedimento, e que se o Hospital Regional tivesse repassado pra ele a situação da paciente, jamais teria enfrentado essa viagem à Natal”, disse Maria Santana.

Maria da Paz retornou para Caicó e permaneceu internada no Hospital Regional. Na segunda tentativa da realização do Cateterismo, mais constrangimento enfrentado pela família, de acordo com Maria Santana.

Ela relata que a falha de comunicação começou quando o motorista da ambulância não compareceu no horário combinado pelo Hospital para Maria da Paz viajar a Natal, que era as 3 horas da madrugada. Aos familiares, o motorista garantiu que não havia sequer sido comunicado da viagem. Ao chegar no Hospital, por volta das 4 horas o motorista comunicou a família que estava disponível para viajar, porém não tinha técnico de enfermagem disponível para acompanhar o paciente na viagem.

Chamaram meu esposo, e queriam que ele assinasse um termo de responsabilidade de levar a mãe pra Natal sem um técnico. Ele disse que não assinaria pra não colocar a vida da mãe em risco, e que por irresponsabilidade do hospital a mãe iria perder um exame marcado para as 8horas. Voltamos pra casa e quando foi 8h40 o Hospital me ligou dizendo que tinha conversado com o Incor, e que eles abriram exceção para levar a minha sogra pra Natal. Ela tava em jejum da noite da quarta para quinta, nos organizamos, ela foi pra Natal, aí já apareceu um técnico de enfermagem e ela foi, fez o procedimento e voltou as 2h40 da tarde permanecendo internada no Hospital Regional”, contou.

Mas, de acordo com Santana o drama da família ainda estava longe de terminar. Dona Maria da Paz chegou a perder um exame porque sua ficha foi trocada pela de outra paciente, com nome bem semelhante ao seu.

Minha sogra está tomando uma medicação de coração, e uma enfermeira chegou pro meu cunhado e disse que ela estava há cinco dias sem tomar a medicação, tinha acabado no hospital e agora a família precisava comprar. Tem meu contato, tem do meu esposo, tem dos meus cunhados, tem um acompanhante 24 horas com minha sogra e estava há cinco dias sem tomar uma medicação importante”.

A Família já decidiu que vai denunciar o Hospital ao Ministério Público, e espera apuração dos fatos relatados.

Confira a entrevista da nora da paciente, Maria Santana

 

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